Iata reúne fabricantes para ressaltar segurança a bordo
A conferência da Iata reuniu Airbus, Boeing e Embraer para compartilhar estudos individuais da empresa
Hoje (8), a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) realizou uma conferência em parceria com Airbus, Boeing e Embraer para discutir o risco de transmissão da covid-19 durante o voo. Na ocasião, as fabricantes apresentaram as conclusões de seus estudos individuais sobre o fluxo de ar dentro das cabines e o que isso significa para a segurança dos passageiros.
Entre os participantes da conferência, estavam o conselheiro médico da Iata, David Powell; o engenheiro da Airbus e líder da iniciativa Keep Trust in Air Travel, Bruno Fargeon; o diretor de engenharia da Boeing e membro da iniciativa Viagem com Segurança, Dan Freeman; e o VP de Engenharia, Tecnologia e Estratégia da Embraer, Luis Carlos Affonso.
"Algo que estamos dedicados a fazer é assegurar de que a cabine dos aviões é um ambiente seguro. Há diversas camadas de proteção, no pré, durante e pós, mas hoje focaremos na própria viagem de avião", iniciou Powell. Uma pesquisa da Iata revelou que 86% dos viajantes se sentiram seguros ao viajar de avião desde junho, mas há opiniõs divergentes sobre a qualidade do ar da cabine.
IATA
O representante da Iata iniciou o encontro compartilhando o registro de transmissões a bordo, mostrando que foram cerca de 44 pessoas contaminadas em uma amostra de 1,2 bilhão de passageiros, representando um caso a cada 27,3 milhões de viajantes. E, mesmo que a Iata tenha deixado passar 90% das infecções, seria um caso a cada 2,73 milhões de pessoas que viajam de avião.
Alguns dos fatores que minimizam as transmissões a bordo são os assentos voltados para a frente que limitam as interações face a face, os próprios assentos que servem de barreira para as pessoas sentadas na sua frente ou atrás, o fluxo do ar da cabine e, o mais importante, o filtro HEPA que troca o ar da cabina a cada dois ou três minutos e eliminam quase 100% das partículas, incluindo bactérias e vírus.
AIRBUS
A Airbus desenvolveu um modelo virtual 3D para entender o fluxo do ar dentro da cabine, logo a propagação de partículas também, correlacionando com dados e testes presenciais. O cálculo é apurado e considera que os viajantes estejam usando a máscara facial, assim como as variáveis de ter alguém que não esteja usando ou que esteja tossindo, por exemplo.
Fargeon explicou que de 10 mil partículas da tosse de uma pessoa com máscara, apenas 5 delas atingirão outro passageiro com máscara, sendo que a gravidade e o fluxo de ar também atuam como barreiras, demonstrando um risco muito baixo de contaminação entre passageiros. Assim, o estudo da Airbus ressalta a importância do uso de proteção facial durante todo o percurso.
BOEING
A Boeing também realizou estudos para analisar o movimento de partículas na cabine, considerando cenários como o tamanho da avião (um ou dois corredores), a possibilidade ter pessoas tossindo ou sem máscara no avião e afins. Assim, a fabricante comparou as análises com outras situações como tosse ao ar livre ou em um ambiente fechado, como salas de reuniões. Freeman explicou que as pesquisas apontaram que o risco de contaminação em uma aeronave cheia, com pessoas nos assentos próximos, é o mesmo do que em ambientes abertos e fechados com o distanciamento social recomendado.
EMBRAER
A pesquisa da Embraer apurou que enquanto uma sala de operações no hospital troca seu ar cinco vezes a cada hora, esse número é de 20 vezes em uma cabine de avião. Além disso, o fluxo de ar de cima para baixo reduz o já baixo risco de contaminação. Affonso explicou que a fabricante, além dos testes computadorizados, realiza testes do ar da cabine de diferentes formas, incluindo laser, para garantir a segurança a bordo.
Assim como as outras empresas, a Embraer também analisou a quantidade de partículas de tosse que podem atingir a zona de respiração de outro passageiro, sendo de 0,13% sem o uso da máscara e de 0,02% com o uso da máscara. Os números indicam que o risco de transmissão aumenta cerca de seis vezes sem o uso de máscara.
"Em resumo, se você quiser viajar minimizando os risco de contrair covid-19, coloque uma máscara e pegue um avião", afirmou Luis Carlos Affonso ao concluir sua apresentação na coletiva promovida pela Iata.
Entre os participantes da conferência, estavam o conselheiro médico da Iata, David Powell; o engenheiro da Airbus e líder da iniciativa Keep Trust in Air Travel, Bruno Fargeon; o diretor de engenharia da Boeing e membro da iniciativa Viagem com Segurança, Dan Freeman; e o VP de Engenharia, Tecnologia e Estratégia da Embraer, Luis Carlos Affonso.
"Algo que estamos dedicados a fazer é assegurar de que a cabine dos aviões é um ambiente seguro. Há diversas camadas de proteção, no pré, durante e pós, mas hoje focaremos na própria viagem de avião", iniciou Powell. Uma pesquisa da Iata revelou que 86% dos viajantes se sentiram seguros ao viajar de avião desde junho, mas há opiniõs divergentes sobre a qualidade do ar da cabine.
IATA
O representante da Iata iniciou o encontro compartilhando o registro de transmissões a bordo, mostrando que foram cerca de 44 pessoas contaminadas em uma amostra de 1,2 bilhão de passageiros, representando um caso a cada 27,3 milhões de viajantes. E, mesmo que a Iata tenha deixado passar 90% das infecções, seria um caso a cada 2,73 milhões de pessoas que viajam de avião.Alguns dos fatores que minimizam as transmissões a bordo são os assentos voltados para a frente que limitam as interações face a face, os próprios assentos que servem de barreira para as pessoas sentadas na sua frente ou atrás, o fluxo do ar da cabine e, o mais importante, o filtro HEPA que troca o ar da cabina a cada dois ou três minutos e eliminam quase 100% das partículas, incluindo bactérias e vírus.
AIRBUS
A Airbus desenvolveu um modelo virtual 3D para entender o fluxo do ar dentro da cabine, logo a propagação de partículas também, correlacionando com dados e testes presenciais. O cálculo é apurado e considera que os viajantes estejam usando a máscara facial, assim como as variáveis de ter alguém que não esteja usando ou que esteja tossindo, por exemplo.
Fargeon explicou que de 10 mil partículas da tosse de uma pessoa com máscara, apenas 5 delas atingirão outro passageiro com máscara, sendo que a gravidade e o fluxo de ar também atuam como barreiras, demonstrando um risco muito baixo de contaminação entre passageiros. Assim, o estudo da Airbus ressalta a importância do uso de proteção facial durante todo o percurso.
BOEING
A Boeing também realizou estudos para analisar o movimento de partículas na cabine, considerando cenários como o tamanho da avião (um ou dois corredores), a possibilidade ter pessoas tossindo ou sem máscara no avião e afins. Assim, a fabricante comparou as análises com outras situações como tosse ao ar livre ou em um ambiente fechado, como salas de reuniões. Freeman explicou que as pesquisas apontaram que o risco de contaminação em uma aeronave cheia, com pessoas nos assentos próximos, é o mesmo do que em ambientes abertos e fechados com o distanciamento social recomendado.
EMBRAER
A pesquisa da Embraer apurou que enquanto uma sala de operações no hospital troca seu ar cinco vezes a cada hora, esse número é de 20 vezes em uma cabine de avião. Além disso, o fluxo de ar de cima para baixo reduz o já baixo risco de contaminação. Affonso explicou que a fabricante, além dos testes computadorizados, realiza testes do ar da cabine de diferentes formas, incluindo laser, para garantir a segurança a bordo.
Assim como as outras empresas, a Embraer também analisou a quantidade de partículas de tosse que podem atingir a zona de respiração de outro passageiro, sendo de 0,13% sem o uso da máscara e de 0,02% com o uso da máscara. Os números indicam que o risco de transmissão aumenta cerca de seis vezes sem o uso de máscara.
"Em resumo, se você quiser viajar minimizando os risco de contrair covid-19, coloque uma máscara e pegue um avião", afirmou Luis Carlos Affonso ao concluir sua apresentação na coletiva promovida pela Iata.