Rodrigo Vieira   |   23/10/2020 11:40
Atualizada em 23/10/2020 11:44

Azul, Gol e Latam têm prejuízo de R$ 6,2 bilhões no 2T20

Número corresponde a uma margem líquida negativa de quase 400% ante 2T19


Unsplash/Dominik Scythe
Azul, Gol e Latam, somadas, tiveram prejuízo de R$ 6,2 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que corresponde a uma margem líquida negativa de quase 400% em comparação com o lucro líquido de R$ 191,8 milhões registrado no segundo trimestre de 2019. Esse foi o resultado líquido com maior impacto negativo obtido em um trimestre pelas empresas de toda a série histórica, iniciada em 2015. Os dados são da Anac.

Nos seis primeiros meses do ano, juntas, as companhias aéreas brasileiras acumulam prejuízo total de R$ 15,7 bilhões, o equivalente a uma margem líquida negativa de 129,6%, ante prejuízo líquido de R$ 107,2 milhões registrado no mesmo período de 2019.

PIOR CRISE DA HISTÓRIA DO SETOR

A pandemia de covid-19 foi responsável pela maior crise da aviação mundial, e o segundo trimestre deste ano é o período em que as companhias aéreas mais sofreram. No Brasil não foi diferente: na comparação dos dados do mercado doméstico do segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2019, por exemplo, houve redução de 90% na demanda por transporte aéreo (RPK), de 88% na oferta de transporte aéreo (ASK) e de 91% na quantidade de passageiros pagos transportados.

"Principal fonte de receitas dos serviços aéreos, o valor obtido pelas companhias com a venda de bilhetes aéreos passou de 86,3% das receitas de serviços aéreos no segundo trimestre do ano passado para 51,8% no mesmo período deste ano", aponta análise da Anac.

"Em relação aos custos operacionais do transporte aéreo, com a redução de voos operados no 2º trimestre do ano, houve uma queda expressiva da representatividade do combustível e de pessoal. Esses indicadores representaram 5,4% e 6,7%, respectivamente, dos custos e despesas dos serviços aéreos públicos, o que corresponde à redução de 90,6% e 78,5% em relação ao mesmo período de 2019. No 2º trimestre do ano passado, esses custos representaram 29,6% e 16,1%, respectivamente", conclui o estudo.

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