Artur Luiz Andrade   |   23/03/2020 16:13
Atualizada em 24/03/2020 14:36

China já vê crescimento em reservas de voos domésticos

Após pico de coronavírus, movimento aéreo começa a dar sinais de recuperação na China


Flickr/HansJohnson
Xangai
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Enquanto a maioria dos países inicia ou mantém restrições a viagens aéreas, mesmo as domésticas (caso da Índia, com proibição de ligações aéreas dentro do país), na China o movimento aéreo começa a dar sinais de recuperação. Segundo o portal Phocuswire, da Phocuswright, dados da empresa ADARA, especializada em informações de viagens, mostram que 58% das compras feitas nas últimas semanas são para viagens dentro de 15 dias. Em janeiro, esse índice era de apenas 38%.

Outra informação mostra que 38% das reservas são para viagens a negócios, contra 20% em janeiro.
“Isso sugere que há uma demanda reprimida. As pessoas estão ávidas para voltar ao trabalho”, disse à publicação a CMO da ADARA, Carolyn Corda.

“O Lazer é mais cauteloso. Mas a ideia que os chineses se sentem seguro o suficiente ou que suas empresas acreditem ser seguro para que eles viajem é um indicador de uma mudança de perspectiva aqui”.

Não seria surpresa, segundo ela, se esse padrão se repetir ao redor do mundo, à medida em que a pandemia desacelere. Primeiro vem a viagem a trabalho, depois as de lazer. A busca por voos também vem aumentando (29% em uma semana), uma indicação que as reservas devem continuar a crescer.

As buscas atingiram o patamar mais baixo em fevereiro (38% do total de janeiro) e chegaram em março a 55% das buscas do primeiro mês do ano.

Já as reservas para a China ou dentro da China estão em um volume igual a 30% do total de janeiro. As viagens para fora da China ainda não viram impacto positivo, pois há muitas restrições em países da Ásia e do Ocidente.

Será que esses padrões se repetirão em todo o mundo, especialmente em países de dimensão continental como Brasil e Estados Unidos, ou dentro da União Europeia? É cedo para saber, mas é bom ficar de olho na China.

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