Danilo Teixeira Alves   |   02/01/2020 10:47
Atualizada em 02/01/2020 10:48

Alta da tarifa aérea recua após abalo da saída da Avianca Brasil

O fim da Avianca Brasil, companhia com 13% de participação no mercado, foi uma das principais mudanças que o setor aéreo enfrentou no ano passado

A Agência Nacional de Aviação Civil concluiu, no dia 30 de dezembro, a publicação do Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas (3º tri/2019) e das Demonstrações Contábeis das empresas. No ano passado, o mercado de transporte aéreo brasileiro passou por profundas mudanças, com a saída de uma grande empresa do mercado, a entrada de novas companhias em rotas no Aeroporto de Congonhas (SP) e a retomada da demanda e oferta do transporte aéreo a partir de outubro de 2019.

Emerson Souza
Escritório e sede da Avianca Brasil em São Paulo
Escritório e sede da Avianca Brasil em São Paulo

Pressionada pela saída da Avianca Brasil do setor, que possuía 13% de participação de mercado, a tarifa aérea média doméstica real (atualizada pela inflação) subiu 5,4% no 3º trimestre de 2019, em relação a igual período de 2018, atingindo o valor de R$ 411,77. O ritmo de alta apresentou desaceleração significativa perante o trimestre anterior, que registrou alta de 32% em relação ao mesmo período do ano anterior. No mês de setembro de 2019, a tarifa aérea média registrou o menor aumento, de 1,3%, em relação ao mesmo período de 2018.

Considerando o período de janeiro a setembro de 2019, 6,9% das passagens foram comercializadas abaixo de R$ 100,00 e 47,6% abaixo de R$ 300,00. As passagens acima de R$ 1.500,00 representaram 1,2% do total.

Entre as principais empresas brasileiras em operação, representando 99,6% da demanda por transporte aéreo no 3º trimestre de 2019, houve aumento da tarifa aérea média doméstica real da Latam (+19,4%), registrando o valor real médio de R$ 389,26, e da Gol (+9,8%), com o valor real médio de R$ 399,04. A Azul apresentou queda na tarifa de 1,5% entre julho e setembro, na comparação com igual período de 2018, e registrou o valor real médio de R$ 477,96.

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