Marcel Buono   |   05/02/2019 17:10

Boeing anuncia parceria para novo jato executivo supersônico

Última vez que um avião supersônico levantou voo com propósitos comerciais foi em 2003, quando o lendário Concorde encerrou suas operações

Com planos de contar com jatos executivos supersônicos no futuro, a Boeing anunciou uma parceria com a Aerion, empresa com sede no Estado de Nevada, nos Estados Unidos, que já vem desenvolvendo um projeto para tal tipo de aeronave. De acordo com o anúncio, a gigante da aviação investirá na aceleração das áreas de tecnologia e design do novo modelo.

Divulgação
Aerion AS2 receberá investimento da Boeing para sair do papel
Aerion AS2 receberá investimento da Boeing para sair do papel
"A Boeing está liderando uma transformação de mobilidade que conectará o mundo como nunca, com velocidade, segurança e eficiência. Este é um investimento estratégico e de vanguarda em relação ao amadurecimento da tecnologia supersônica. A parceria combinará a experiência da Aerion com a escala industrial global da Boeing e sua expertise em aviação comercial. Temos a equipe certa para construir o futuro do voo supersônico sustentável", declarou o vice-presidente e gerente geral da Boeing Next, Steve Nordlund.

Fundada em 2003, a Aerion apresentou o primeiro desenho do seu AS2 para 12 passageiros em 2014, revelando as diretrizes dos motores General Electric Affinity quatro anos mais tarde. De acordo com os planos da empresa, a aeronave poderá alcançar velocidades acima de Mach 1.4, ou seja, cerca de 1,7 mil quilômetros por hora.

"A Aerion é a líder do setor que vem desenhando um retorno bem-sucedido e sustentável aos voos supersônicos. O AS2 é o ponto de partida para um futuro com voos supersônicos eficientes e compatíveis com as regulamentações internacionais. Juntamente com a Boeing, estamos criando um futuro mais conectado que aumentará a produtividade e o potencial da humanidade", comentou o presidente do conselho e diretor executivo da Aerion, Tom Vice.

A última vez que um avião supersônico levantou voo com propósitos comerciais foi em 2003, quando o lendário Concorde encerrou suas operações. Na época, entre as várias questões que levaram ao fim da produção da aeronave, o barulho gerado após a quebra da barreira do som foi um dos mais citados, uma vez que atordoava moradores das áreas as quais sobrevoava. Tal situação deverá ser contornada pela parceria para que o projeto saia do papel.

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