Salvador-Paris abre novo capítulo na história da Air France, diz diretor
Nova rota demonstra a confiança da companhia aérea no mercado brasileiro, segundo Manuel Flahault
O lançamento do novo voo entre Salvador e Paris da Air France, que terá início no dia 28 de outubro deste ano, como anunciado ontem (15) pelo Portal PANROTAS, é um novo capítulo na história da Air France, de acordo com o diretor geral do Grupo Air France-KLM na América do Sul, Manuel Flahault.
“O lançamento da nova rota demonstra a confiança que temos no mercado brasileiro. Escolhemos Salvador não só porque é um mercado que se recuperou muito rápido depois da covid-19, mas também porque vemos um potencial muito grande no segmento de negócios e lazer, como origem e como destino. Além disso, Salvador é a quinta maior cidade do Brasil e, entre as cidades não atendidas hoje pela Air France, é a mais visitada pelos viajantes da França", comentou Flahault durante coletiva de imprensa realizada virtualmente para o anúncio do novo voo.
“Temos uma situação geográfica estratégica. Salvador está localizada 15% mais perto da França do que o aeroporto do Rio Galeão (RJ) e 18% mais perto que o aeroporto de Guarulhos (SP), o que possibilita viagens mais curtas, permitindo ao passageiro que se conecte à capital da Bahia de maneira muito mais eficiente em comparação a São Paulo e ao Rio de Janeiro”.
O diretor também destaca que, com o início do novo voo a partir de outubro, a companhia aérea irá recuperar o mesmo número de operações que tinha no País antes da pandemia. Já o Grupo Air France-KLM igualará os mesmos 44 voos semanais que eram operados até 2019.
Parceria da Air France-KLM com a Gol
O executivo também destacou a importância da parceria com a Gol para o lançamento do voo Salvador-Paris. “Temos trabalhado muito nos últimos meses para tornar esse projeto viável, tendo o apoio da Gol, do Estado da Bahia e do aeroporto de Salvador, além da Embratur. Em outubro do ano passado, renovamos nossa parceria com a Gol por mais dez anos e ela é chave para nós”.
O diretor de Planejamento da Gol, Rafael Araújo, também destacou a parceria e a oferta da companhia aérea no Estado da Bahia. “Estamos com uma oferta expressiva e a parceria Gol-Air France-KLM é sucesso total. Iniciamos em 2020 o projeto de criar um centro de conexões de voos em Salvador e organizamos nossa malha para permitir a conectividade e encurtar distâncias", diz.
"Além disso, nossa oferta em relação ao pré-pandemia hoje é 55% maior em Salvador. É um crescimento expressivo da Gol não só na cidade de Salvador, mas no Estado da Bahia como um todo. Somos a companhia líder em Salvador, onde temos 60% de share de assentos e em torno de 50% na Bahia, dependendo da época do ano. A Gol está investindo bastante na Bahia e a demanda do público está respondendo", complementa Araújo.
O Secretario de Turismo da Bahia, Mauricio Bacellar, destacou o potencial turístico do Estado. “Segundo o IBGE, a Bahia tem crescido, em atividade turística, mais que o dobro da média nacional. Em 2021 o Brasil cresceu 22% na atividade turística, enquanto a Bahia cresceu 47%. No primeiro trimestre deste ano, enquanto o Brasil cresceu 0,4%, a Bahia aumentou 7,3% na atividade turística".
“A Bahia lidera a atividade turística nacional e tenho certeza de que isso foi fundamental para que a Air France decidisse voar para o Estado. Essa ligação é muito importante para o Turismo estadual, pois vamos ter acesso direto ao grande hub internacional de voos operado da Air France, que é o aeroporto Charles de Gaulle, o que vai dar à Bahia mercados emissores importantes do mundo todo, gerando emprego e renda”.
Falta de aeronaves ainda é um problema
Para Manuel Flahault, a maior dificuldade da companhia aérea no mercado brasileiro no momento é a pouca disponibilidade de aeronaves. "Sempre temos de otimizar e colocar recursos onde temos maior potencial de movimento, por isso Salvador foi o lugar mais indicado para fazer esse investimento”, conta.
No que se refere aos voos da KLM, o diretor diz que a ocupação dos voos da aérea é boa no Brasil, mas que ela também esbarra nesse problema de poucas aeronaves para implementar novas rotas. "Sempre estamos olhando as oportunidades no mercado brasileiro, mas essa questão das aeronaves não permite que eles possam lançar novas rotas agora".