Neeleman vende parte de suas ações na Azul devido à crise
Fundador da companhia fez empréstimo pessoal de US$ 30 milhões a bancos e colocou ações como garantia
O fundador da Azul, David Neeleman, teve de vender parte de suas ações preferenciais a bancos que detinham essas ações como garantia a um empréstimo pessoal. Neeleman pediu empréstimo de US$ 30 milhões em 2019 e, como garantia, colocou parte de suas ações na companhia aérea brasileira. As ações vendidas não dão direito a voto e têm prioridade na distribuição de dividendos.
Em comunicado aos acionistas, a Azul aponta que Neeleman, o acionista controlador, teve sua participação em ações sem direito à voto reduzida de 11.432.352 ações preferenciais, correspondentes a 3,34% dessa espécie de ações, para 2.116.004 ações preferenciais durante o mês de março de 2020. "A Azul esclarece que não houve alteração na posição de ações votantes detidas pelo acionista controlador, totalizando 622.406.638 ações ordinárias", aponta a aérea, em comunicado.
"David Neeleman esclarece que havia feito um empréstimo pessoal usando como garantia parte de suas ações da Azul, dado que ele não tinha intenção de vender suas ações da Azul por acreditar em seu potencial. O impacto da pandemia do Covid-19 no mercado de ações, porém, ocasionou uma chamada de margem no empréstimo, e devido à velocidade do movimento e o fato de ele ter outros investimentos no setor sem liquidez como Tap e Breeze, não houve tempo para levantar a liquidez adequada. Assim, os bancos custodiantes executaram a garantia", conclui o comunicado da Azul.
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