Juliana Monaco   |   19/11/2020 15:10
Atualizada em 19/11/2020 15:11

Aviação não é vetor de contaminação, reforça CEO da Alta

O CEO da Alta defende que a retomada do setor ganha força à medida que o passageiro se sente mais seguro


Divulgação
José Ricardo Botelho, CEO da Alta
José Ricardo Botelho, CEO da Alta
O compromisso com a segurança e a saúde de passageiros e trabalhadores, a adoção dos protocolos recomendados pelo grupo CART - da Organização da Aviação Civil (OACI) - e a testagem padronizada dos viajantes vão aos poucos restaurar a confiança de todos nas viagens aéreas. Foi o que defendeu o CEO da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), José Ricardo Botelho, no Painel 2020 - Pacto Pela Infraestrutura Nacional e Eficiência Logística, promovido pelo Instituto Besc de Humanidades e Economia na última quarta-feira (18). Mediado pelo secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, o debate contou com a participação do diretor substituto da Anac, Tiago Sousa Pereira; do diretor-presidente da Salvador Bahia Airport, Julio Ribas; e do diretor de Operações da Aeroportos Brasil Viracopos, Marcelo Oliveira Mota.

Botelho ressaltou que o trabalho conjunto entre o poder público e o setor privado têm sido de grande importância nos países que reabriram suas fronteiras e que têm relevantes mercados domésticos, como é o caso de México, Colômbia e Brasil. Para ele, a retomada da indústria mostra que viajar é seguro e que a aviação não propaga a contaminação do vírus. "Os protocolos estabelecidos de acordo com o grupo CART alcançam toda a cadeia e este é o motivo que faz as pessoas se sentirem à vontade para voltar a voar, o que é benéfico para a conectividade da região e para garantir milhões de empregos e receita em países onde o turismo representa até 15% do PIB local", afirmou. Em toda a América Latina e o Caribe, o setor de Viagens e Turismo contribuiu com 8,1% do PIB da região.

MEDIDAS GOVERNAMENTAIS

Tiago Pereira enfatizou as medidas adotadas pelo governo brasileiro no relacionamento com as empresas aéreas para minimizar os impactos da pandemia no setor, como os esforços de repatriação de brasileiros no Exterior, a permissão para transporte de cargas em cabine de passageiros e as determinações da Medida Provisória 925, que prorrogou outorgas das concessões aeroportuárias e definiu regras de reembolsos de passagens.

Já Julio Ribas, assim como Botelho, destacou o bom trabalho realizado entre o governo e o setor privado ao longo dos últimos meses, destacando a 6ª rodada de leilões de aeroportos, que acontecerá em 2021, e que os resultados desta parceria é um dado relevante a ser levado em consideração pelos investidores que pretendem entrar no mercado brasileiro. Segundo Ribas, o Brasil foi um dos países que apresentou as melhores soluções de enfrentamento da crise no setor aéreo.

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