CEO da Latam detalha medidas e desafios enfrentados com apagão da última semana
Roberto Alvo contou como a empresa agiu no último dia 25 de fevereiro, quando um apagão assolou o Chile

Na última terça-feira, 25 de fevereiro, o Chile vivenciou um apagão de grandes proporções, afetando mais de 98% da população, incluindo áreas essenciais para o funcionamento das empresas, sobretudo em Santiago, onde a Latam Airlines tem sua sede.
Nesse contexto, a companhia aérea, que também possui operações no Brasil e na Colômbia, enfrentou um dos maiores desafios operacionais de sua história recente, sendo forçada a lidar com a total falta de energia elétrica em sua sede e a interrupção de seus sistemas.
Em uma publicação feita em seu LinkedIn, Roberto Alvo, CEO da Latam Airlines, compartilhou alguns detalhes de como a empresa enfrentou esse contratempo e os resultados das ações implementadas. De acordo com Alvo, o apagão durou cerca de sete horas e exigiu uma resposta rápida e coordenada de toda a equipe da Latam.
Alvo destacou que, apesar da gravidade da situação, que exigiu operação manual da equipe, o impacto nos passageiros foi minimizado graças a um planejamento de resposta a emergências bem estruturado.
"Nossa resposta foi coordenada com mais de 100 pessoas diretamente envolvidas, e milhares de outros colaboradores de maneira indireta. De 1,6 mil voos diários que operamos, 200 estavam previstos para o Chile, e conseguimos evitar grandes danos, com apenas 37 voos cancelados, dos quais 16 foram no Chile"
Roberto Alvo, CEO do Grupo Latam
Ainda assim, Roberto Alvo não deixou de ressaltar que, embora o impacto para os passageiros tenha sido relativamente pequeno, a companhia não pode se considerar satisfeita com a situação. "Quando afetamos nossos passageiros, não podemos nos sentir satisfeitos. Embora a nossa operação tenha sido impactada em apenas 2,4% dos voos, e menos de 1% dos passageiros tenham sido afetados, a nossa prioridade é aprender com o evento para que possamos evitar consequências semelhantes no futuro", escreveu.

A Latam, que já vinha enfrentando desafios com a falta de sistemas de reservas e outras tecnologias críticas, viu parte de suas operações sendo feitas manualmente, com contagens de passageiros feitas em papel, uma medida emergencial para evitar mais atrasos e cancelamentos.
Com o apagão afetando grande parte do Chile, incluindo a região central onde Santiago está localizado, o impacto nas operações internacionais também foi significativo, afetando o fluxo de passageiros entre diferentes países, especialmente Brasil e Colômbia.
Embora o problema ainda não tenha sido completamente resolvido, a Latam vem retomando gradualmente suas operações e continua orientando os passageiros a se informarem sobre o status dos voos, dada a possibilidade de atrasos ou conexões perdidas.
Ao final de sua mensagem, Alvo ainda reiterou o compromisso da companhia com seus passageiros e afirmou que a empresa seguirá trabalhando para minimizar impactos de qualquer tipo de contingência. "Continuaremos a avançar para garantir que os passageiros que confiam em nós tenham uma experiência tranquila e sem contratempos, mesmo diante de imprevistos como esse apagão", concluiu.
Com o incidente ainda sendo investigado pelas autoridades chilenas e pela própria companhia, a Latam segue monitorando os efeitos da falha elétrica e buscando soluções para melhorar a resiliência de suas operações em situações adversas como essa.