Azul e Gol (Abra) devem assinar acordo para debater possível fusão
A assinatura do MOU, segundo matéria exclusiva do Valor Econômico, acontecerá nas próximas semanas

A fusão entre Azul e Gol pode estar cada vez mais próxima. Cerca de dois meses depois da pauta voltar à mesa dos conselhos das companhias, informações exclusivas do Valor revelam que o Grupo Abra, holding que controla Gol e Avianca, e a Azul estariam estruturando a assinatura de um memorando de entendimento.
A assinatura do MOU, segundo matéria exclusiva do Valor Econômico, acontecerá nas próximas semanas. Com uma série de condicionantes para que o negócio se torne uma realidade concreta, o memorando serve para que as negociações acerca de uma possível fusão sejam detalhadas.
O negócio entre duas das maiores companhias aéreas do Brasil empacou nos últimos meses, em virtude da renegociação da Azul com credores. Conforme esses acertos evoluem e podem ser concluídos ainda neste mês, o assunto fusão reaqueceu entre as empresas. Ajuda também o fato de a Recuperação Judicial da Gol também ter evoluído, o que deve acontecer até abril de 2025.
Em maio do ano passado, Azul e Gol iniciaram a venda de 40 rotas compartilhadas pelo Brasil. O acordo de codeshare passou a oferecer mais opções de viagens aos clientes para vendas nos canais de ambas empresas, com previsão de adição de muitas outras ao longo das próximas semanas.
Redução de dívida
Recentemente, Azul e Gol fecharam acordos de transação com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e com a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil com o objetivo de equacionar débitos fiscais. A Azul tinha uma dívida de cerca de R$ 2,8 bilhões com o governo federal, enquanto a Gol somava R$ 5,5 bilhões.
Juntas, as companhias somavam R$ 7,8 bilhões em dívidas junto à União. Agora, segundo a GloboNews, o acordo fará com que as empresas paguem cerca de R$ 2 bilhões. A Gol pagará R$ 880 milhões, em até 120 prestações, enquanto a Azul pagará R$ 1,1 bilhão, no mesmo período de 10 anos.