Karina Cedeño   |   03/12/2024 18:02
Atualizada em 03/12/2024 22:59

Azul bate recordes em 2024 e está pronta para 'decolar' em 2025, diz CEO

John Rodgerson destaca modelo de negócio único da aérea, com vantagens competitivas estruturais


Divulgação
John Rodgerson, CEO da Azul, apresenta resultados da companhia aérea durante o Azul Day
John Rodgerson, CEO da Azul, apresenta resultados da companhia aérea durante o Azul Day

No mês em que completa 16 anos de história, a Azul celebrou os resultados obtidos neste ano durante o Azul Day 2024, evento realizado em Nova York (EUA) e voltado a investidores e analistas financeiros.

Para o CEO da aérea, John Rodgerson, a Azul já superou diversos desafios ao longo de sua história, e o executivo ressalta que o trabalho de todos os tripulantes (como são chamados os que trabalham na companhia) fez a diferença para enfrentar cada um deles.

Entre os responsáveis por episódios em que a empresa precisou repensar sua rota, para garantir o rumo de seus negócios, o executivo cita a alta do dólar, o preço do combustível de aviação no Brasil, a crise do setor com a falta de peças de aeronaves, além das enchentes, no Rio Grande do Sul que fecharam por quase seis meses o aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre – responsável por 10% da malha aérea do País.

“Nossa expertise, facilidade de adaptação, apoio e confiança de mais de 15 mil tripulantes, além de nossos parceiros e investidores, foi o que nos ajudou a manter nossos diferenciais, mesmo diante das dificuldades, e a garantir a melhor experiência aos nossos clientes”

John Rodgerson, CEO da Azul

Azul deve manter o ritmo de expansão

A Azul renegociou suas obrigações com mais de 95% de seus arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos originais (OEMs), em um total de cerca de US$ 850 milhões em acordos. Isso resulta em redução de sua dívida em mais de US$ 550 milhões, visando a melhora do seu fluxo de caixa em US$ 100 milhões anuais pelos próximos três anos.

Já com os seus bondholders, a empresa anunciou uma redução adicional de sua dívida em mais de US$ 800 milhões, impactando o fluxo de caixa em US$ 100 milhões anuais devido a redução de pagamento de juros. Esse acordo com os detentores das dívidas também resultará na injeção de US$ 500 milhões de novo capital na companhia.

“Com o respeito que adquirimos no mercado como uma das únicas companhias aéreas do mundo a trabalhar diretamente e amigavelmente com seus stakeholders para se posicionar para o futuro, estou confiante de que vamos decolar e manter nosso ritmo de expansão, oferecendo o melhor retorno a nossos investidores e parceiros”, prevê o executivo.

Resultados recordes no terceiro trimestre

No terceiro trimestre deste ano, a Azul atingiu três recordes históricos:

  • De EBITDA de R$ 1,7 bilhão, com uma margem de 32%;
  • Um lucro operacional de R$ 1 bilhão, com uma margem de 20%;
  • E a receita total que atingiu R$ 5,1 bilhões, um aumento de 4,3% em relação ao 3T23 e alta de 23% em relação ao 2T24. Em comparação ao 3T19, o faturamento total teve um incremento de 69%.

Antes mesmo de fechar o ano de 2024, a companhia já contabiliza números que concretizam um aumento de oferta de 6% ano contra ano, atingindo R$ 6 bilhões de EBITDA, outro feito nunca alcançado pela companhia.

Até o final de 2025, a aérea receberá de 12 a 15 novas aeronaves, em sua maioria dos modelos de nova geração da Embraer, os E2 195, que trazem um diferencial competitivo em relação à malha e uma eficiência operacional à empresa quando comparados ao dos seus competidores. Além dessas aeronaves, dois novos cargueiros A321-F começam a operar ainda no primeiro trimestre do ano que vem.

Unidades de negócio da Azul fortalecidas

Por fim, a Azul fortaleceu suas unidades de negócio, que hoje já representam mais de 22% da receita:

  • O programa Azul Fidelidade encerrou o trimestre com mais de 18 milhões de membros no 3T24, com um crescimento no faturamento bruto de 63% ano contra ano;
  • A Azul Viagens, operadora de Turismo da companhia, cresceu 42% em reservas brutas em relação ao 3T23 e representou mais de 6% do total de ASKs no 3T24. A Azul Cargo segue forte, com a receita crescendo trimestre a trimestre, e com uma recuperação nos mercados internacionais onde a receita aumentou 23% ano contra ano;
  • A Azul TecOps, a mais nova unidade de negócios, acumula contratos com diversos clientes, gerando à Azul eficiências totais de cerca de R$ 500 milhões desde sua fundação.

“Temos um modelo de negócio único, com vantagens competitivas estruturais, unidades de negócio que geram altas margens e crescem significantemente, e uma transformação de frota que nos posicionam para impulsionar o crescimento do mercado brasileiro de aviação. Por isso, iremos gerar R$ 7,4 bilhões de EBITDA em 2025. Essa vantagem competitiva também nos coloca em uma posição para enfrentar qualquer desafio futuro. Isso tudo só e possível porque temos mais de 15 mil tripulantes que encantam nossos clientes em cada voo, além de parceiros e investidores que apostam em nosso futuro”

John Rodgerson, CEO da Azul

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