Pedro Menezes   |   28/10/2024 08:01
Atualizada em 28/10/2024 08:04

Azul fecha acordo de quase R$ 3 bi para renegociar 98% das dívidas

Azul celebra sucesso em negociações com seus parceiros e anuncia fortalecimento financeiro da companhia

PANROTAS / Emerson Souza
John Rodgerson, CEO da Azul
John Rodgerson, CEO da Azul

A Azul acaba de anunciar a conclusão de negociações com arrendadores de aeronaves e a assinatura de termo de apoio de detentores de dívidas da empresa para nova posição financeira e crescimento da empresa. O acordo ocorre após a companhia ser impactada por diversos fatores externos, como variação cambial e desafios na cadeia de suprimentos da aviação,

O acordo concretiza o recebimento de um financiamento adicional de R$ 825 milhões ainda nesta semana, além de mais R$ 1,4 bilhão após a conclusão de documentações pertinentes, e outros R$ 550 milhões após a finalização de outras condições já em negociação.

“Este anúncio reflete o relacionamento e a confiança que nossos parceiros depositam em nós há mais de 15 anos, demonstrando a crença em nosso modelo de negócio e na capacidade de geração de caixa de nossa empresa. Com isso, estamos convictos que seguiremos nosso ritmo de expansão para o futuro”

John Rodgerson, CEO da Azul

A Azul renegociou 98% de suas obrigações com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos originais (OEMs), em um total de cerca de R$ 3 bilhões em acordos já firmados, resultando na redução de sua dívida e melhoria do seu fluxo de caixa.

Agora, a empresa garante o recebimento de financiamento adicional de R$ 2,2 bilhões e pavimenta caminho para mais R$ 550 milhões, além de uma adicional redução potencial de seu passivo em mais de R$ 4,4 bilhões.

“A Azul foi uma das únicas companhias aéreas do mundo que não recebeu aporte governamental direto nos últimos anos, nem buscou o caminho da recuperação judicial para sanar suas dívidas. Pelo contrário, sempre optou por negociações amigáveis com resultados benéficos para todos os envolvidos. Graças a confiança e o respeito que adquirimos com o mercado, continuaremos sendo uma das empresas aéreas mais fortes e com maior crescimento na aviação mundial”

John Rodgerson, CEO da Azul

A Azul, que receberá ainda este ano oito aeronaves, deverá aumentar sua oferta em 15% no último trimestre de 2024. Para a alta temporada de verão, entre 16 de dezembro e 2 de fevereiro, a companhia ofertará 3.048 voos extras. Ao todo, a Azul terá 43,3 mil voos na temporada, incluindo novos voos internacionais.

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