Pedro Menezes   |   24/10/2024 18:19
Atualizada em 24/10/2024 18:27

American recupera vendas indiretas e voltar a ganhar share no corporativo, diz CEO

Companhia firmou novos acordos com mais da metade das maiores agências de viagens corporativas e de lazer


Divulgação
Segundo o CEO Robert Isom, American restaurou o conteúdo em GDSs, contratou mais equipe de vendas, reconectou-se com agências de viagens e corporações e reinstituiu outras políticas favoráveis às agências para retomar B2B
Segundo o CEO Robert Isom, American restaurou o conteúdo em GDSs, contratou mais equipe de vendas, reconectou-se com agências de viagens e corporações e reinstituiu outras políticas favoráveis às agências para retomar B2B

O CEO da American Airlines, Robert Isom, afirmou que a companhia voltou a ganhar share de mercado no setor de viagens corporativas e também no B2B, após ter registrado quedas vertiginosas quando voltou seus olhos às vendas diretas e reservas via NDC em diversos momentos dos anos de 2023 e 2024.

O executivo reconhece que a estratégia não deu certo, resultando em perda de participação em reservas indiretas via agências de viagens e clientes corporativos. A American desistiu desta estratégia de vendas diretas em maio deste ano, tanto é que já começou a remontar sua equipe global para se reaproximar de TMCs e agências.

O CEO Robert Isom disse ainda que a American atingiu o fundo do poço no segundo trimestre de 2024, 11% abaixo de sua participação típica de reservas indiretas nos EUA - um canal que gerou US$ 14 bilhões em receita em 2023.

No terceiro trimestre, a American disse que se recuperou ligeiramente, com déficit de 10%, à medida que restaurou o conteúdo em GDSs, contratou mais equipe de vendas, reconectou-se com agências de viagens e corporações e reinstituiu outras políticas favoráveis às agências. Tanto é que agora em setembro, o déficit recuou para 7%.

"Sabemos que a recuperação total da nossa receita levará algum tempo, mas com o progresso que estamos vendo e as ações em andamento, pretendemos restaurá-la totalmente nos canais corporativos ao fim de 2025"

Robert Isom, CEO da American Airlines

Ele disse ainda que a American firmou novos acordos com mais da metade das maiores agências de viagens corporativas e de lazer, e que está em negociações avançadas com as restantes. Segundo o CEO, a companhia também alterou acordos com muitos dos principais clientes corporativos.

A American estima que a estratégia fracassada de focar nas vendas diretas, que terminou em maio, além de afastar os agentes de viagens, pode ter custado à companhia aérea US$ 1,5 bilhão em receita este ano.

Resultados do terceiro trimestre da American

Para o terceiro trimestre, a American registrou uma receita operacional de US$ 13,6 bilhões, aumento de 0,8% em relação ao ano passado, revertendo um prejuízo operacional de US$ 223 milhões no terceiro trimestre do ano passado. As despesas operacionais, por sua vez, aumentaram 1,1%.

No entanto, a companhia aérea não conseguiu sair do vermelho, ao relatar um prejuízo líquido geral de US$ 149 milhões no terceiro trimestre, incluindo despesas não operacionais, principalmente juros.

Fonte: TravelWeekly

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