Laura Enchioglo   |   29/08/2024 17:22
Atualizada em 29/08/2024 17:23

Tap tem lucro de 72 milhões de euros no 2º trimestre de 2024

Período também teve aumento de número de passageiros e voos operados


Divulgação/Inframérica
Comparando com os níveis pré-crise de 2019, o número de passageiros atingiu 92% e os voos operados atingiram 87%
Comparando com os níveis pré-crise de 2019, o número de passageiros atingiu 92% e os voos operados atingiram 87%

No segundo trimestre de 2024 a Tap registrou lucro de 72,2 milhões de euros, e aumentou o número de passageiros transportados (+2,4%) e número de voos operados (+0,7%), comparando aos dados do mesmo período de 2023. Comparando com os níveis pré-crise de 2019, o número de passageiros atingiu 92% e os voos operados atingiram 87%.

A capacidade (medida em ASK) aumentou em 2,1% em comparação com o 2T23, superando os níveis pré-crise e atingindo 102% do valor do 2T19.

O Load Factor atingiu 82,7%, melhorando em 1,4 p.p., quando comparado com o ano anterior, e diminuindo 0,8 p.p. quando comparado com os níveis pré-crise.

As receitas operacionais totalizaram 1 106,7 milhões de euros, aumentando em 3,4% em comparação com o 2T23, ultrapassando e representando 133% das receitas operacionais do 2T19. As receitas de passagens registaram um aumento de 8,3 milhões de euros (+0,8%) face ao 2T23, totalizando 986,4 milhões euros, e gerando um PRASK de EUR 7,39 cêntimos – uma diminuição de 1,2% (-EUR 0,09 cêntimos) quando comparado com o 2T23 e um aumento de 30,2% (+EUR 1,71 cêntimos) com o 2T19.

As receitas de Manutenção registaram um aumento de 29,9 milhões de euros (+71,4%) face ao 2T23, totalizando 71,8 milhões de euros, devido maioritariamente ao aumento da atividade da oficina de motores. As receitas de Carga e Correio diminuíram em 4,3 milhões de euros para 39,3 milhões de euros, registando uma diminuição de 9,9% em comparação com o 2T23, devido à contínua normalização das yields de carga observada no mercado.

Os Custos operacionais recorrentes atingiram 924,1 milhões de euros, registando uma diminuição de 1,2% ou de 11,6 milhões de euros em comparação com 2T23. Esta variação resulta principalmente do decréscimo dos custos operacionais de tráfego (- 24,0 milhões de euros ou 10,1%) devido à redução de contratação de ACMI e redução de custos com irregularidades, e do decréscimo dos custos com imparidades (-25,6 milhões de euros), entre os quais a reversão da perda por imparidade referente à Groundforce decorrente da homologação do seu plano de reestruturação, contrabalançada pelo aumento dos custos com o pessoal (+28,5 milhões de euros ou 18,1%) devido aos novos acordos de empresa que entraram em vigor no segundo semestre de 2023.

O CASK total de custos operacionais recorrentes diminuiu 3,2% (-EUR 0,23 cêntimos), atingindo EUR 6,93 cêntimos, quando comparado com o 2T23. Excluindo custos com combustíveis, o CASK de custos operacionais recorrentes atingiu EUR 4,95 cêntimos, diminuindo 3,4% (-EUR 0,17 cêntimos) face ao 2T23.

O EBITDA recorrente totalizou 289 milhões de euros no 2T24, aumentando em 47,4 milhões de euros (+19,6%) em comparação com o 2T23. O EBIT recorrente aumentou em 47,9 milhões de euros (+35,5%) face ao 2T23, totalizando 182,5 milhões de euros, representando uma margem de 16,5%. Considerando itens não recorrentes, o EBIT totalizou 168 milhões de euros. Comparando com os níveis pré-crise, o EBIT recorrente e o EBIT aumentaram em 163,7 milhões de euros e 151,6 milhões de euros, respetivamente.

O resultado líquido totalizou 72,2 milhões de euros, uma diminuição de 8,1 milhões de euros em comparação com o 2T23, tendo sido impactado por perdas cambiais no seguimento da desvalorização do Real Brasileiro, contrabalançando os ganhos operacionais. No entanto, quando comparado com o 2T19, melhorou em 77,6 milhões de euros.

A 30 de junho de 2024, o Balanço apresentava uma posição de caixa e equivalentes de caixa robusta no valor de 1 175,7 milhões de euros, um aumento de 386,3 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2023.

O rácio divida financeira líquida/EBITDA melhorou significativamente para 2,1x em comparação com o final do ano de 2023 (2,6x).

De uma perspectiva operacional, foram reabertos, durante o segundo trimestre, cinco destinos a partir de Lisboa para a época de verão: Ibiza, Alicante, Palma de Maiorca, Menorca e Agadir, e aberto uma nova rota, para a época de verão, de Lisboa para Caracas, com regresso por Funchal.

A frota operacional era composta por 99 aeronaves, a 30 de junho de 2024, sendo que 68% da frota operacional de médio e longo curso consistia em aeronaves da Família NEO (face a 67% a 30 de junho de 2023 e 27% a 30 de junho de 2019).

Confira os dados consolidados abaixo:

Divulgação

Análise do primeiro semestre de 2024

No primeiro semestre de 2024, as receitas operacionais da Tap Air Portugal atingiram 1 969 milhões de euros, aumentando em 3,3% face ao primeiro semestre de 2023, impulsionadas, nas receitas de passagens, por um aumento da capacidade (+2,9%) e melhor load factor (+0,8 p.p.), e por um aumento relevante de atividade nas receitas de Manutenção e Engenharia (+36,7%).

A Tap registou, no primeiro semestre de 2024, um aumento dos resultados operacionais recorrentes face a 2023, atingindo um EBITDA recorrente de 372,7 milhões de euros (+11 milhões de euros), com uma margem de 19%, e um EBIT recorrente de 139,2 milhões de euros (+14,7 milhões de euros), com uma margem de sete por cento.

No 1S24, a Tap registou um resultado líquido de 0,4 milhões de euros, fruto do resultado líquido positivo originado no segundo trimestre no valor de 72,2 milhões de euros, contrabalançando o resultado líquido negativo no primeiro trimestre de 2024.

A 30 de junho de 2024, o Grupo apresentava uma posição de liquidez forte de 1 175,7 milhões de euros, um aumento de 386,3 milhões de euros face ao final de 2023.

Adicionalmente, verificou-se uma melhoria relevante do rácio Dívida Financeira / EBITDA, atingindo um nível de 2,1x, quando comparado com o rácio de 2,6x a 31 de dezembro de 2023, reforçando o caminho de desalavancagem de gestão financeira disciplinada e prudente da TAP, com o objetivo de inspirar confiança nos investidores.

Para o segundo semestre de 2024, as reservas mantêm-se em linha com o ano anterior, ainda que com alguma pressão sobre as yields.

Aposta no Brasil

A aposta no mercado brasileiro vai crescer, com a abertura de uma nova rota, Florianópolis e a reabertura de outra, Manaus, aumentando a oferta para 13 destinos através de 15 rotas.


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