Reservas diretas da American não impactam United, diz diretor
Executivos da aérea dizem que movimento da concorrente não será exatamente uma vantagem
Depois de divulgar um lucro líquido de US$ 1,3 bilhão e lucro líquido ajustado de US$ 1,4 bilhão, além de lucro antes de impostos de US$ 1,7 bilhão, com margem de 11,6%, no segundo trimestre deste ano, a United Airlines realizou uma call com investidores para esclarecer dúvidas e entrar em detalhes de outros resultados financeiros.
“Tivemos outro trimestre sólido, estamos mais fortes e seguros do que nunca. Estamos com nossa melhor operação da história, mas sempre fazendo ajustes, principalmente por conta da demanda doméstica, que sofre com o excesso de capacidade”, disse o CEO da aérea, Scott Kirby.
Perguntados sobre o movimento da American Airlines iniciado em maio, que incentiva as reservas diretas com a companhia aérea e suas parceiras, os executivos da United não acreditam que esta decisão da concorrente será responsável por impactar as vendas da companhia.
"Não acho que haverá êxito para nós diante disso. Nós mantemos uma parceria de longa data com as agências, estamos sempre próximos, com acordos de longo prazo. Mas acreditamos que não é algo impactante, para a United, a American incentivar as reservas diretas”
Andrew Nocella, diretor comercial da United
Aéreas de baixo custo
Outra discussão na call envolveu também as companhias aéreas de baixo custo (low cost carriers). A capacidade doméstica excessiva citada anteriormente foi estimulada principalmente por estas empresas, que pressionaram as aéreas regulares a criarem grandes descontos em suas tarifas. Isso, juntamente com os custos que elas têm, acabou prejudicando o lucro. Mas, segundo os executivos da United, em agosto as perspectivas são melhores.
“Na metade de agosto, acreditamos que esteja melhor. Nosso plano ‘United Next’ está funcionando, há alguns problemas macro fora do nosso controle, mas a capacidade que fornecemos está dentro do planejamento. Estaremos otimizando nossa capacidade no terceiro e quarto trimestre”, afirma Nocella.
Ainda nesta questão, entram algumas atitudes que as LCC estão tomando para se tornarem mais lucrativas, como a criação de assentos premium – Alaska Airlines, Southwest e JetBlue estão planejando este investimento.
“A United é uma área premium por causa de seus hubs, que estão em mercados premium. Não porque é moda ser premium. Por isso, não é surpresa que outras aéreas estão tentando imitar. Estamos implementando esta segmentação de assentos há mais de sete anos. E a criação de assentos premium é algo que leva anos, não é de curto prazo. Ficamos lisonjeados de estarem nos copiando”, conclui.