Gol transportou 30 milhões de passageiros em 2023; veja balanço do 4T23
Vendas no último trimestre do ano chegaram a R$ 5,9 bilhões
Em recuperação por meio do processo de Chapter 11 da Justiça americana desde o final de janeiro, a Gol Linhas Aéreas divulgou hoje seu primeiro balanço depois da decisão, revelando os dados do último trimestre de 2024.
A empresa, no período, registrou uma receita operacional líquida de R$ 5 bilhões, um crescimento de 6,7% comparado ao quarto trimestre de 2022 (4T22).
As vendas somaram R$ 5,9 bilhões no período, 8,8% a mais em relação ao quarto trimestre de 2022.
Veja mais alguns dados do último trimestre do ano para a Gol:
Foram transportados 7,8 milhões de passageiros, um crescimento de apenas 0,6% comparado ao 4T22, impactado pela diminuição da oferta da empresa, causada pelo difícil acesso a novas aeronaves e peças de manutenção no mercado mundial;
Em 2023, foram transportados 30 milhões de passageiros;
A empresa terminou o ano com 101 aeronaves em operação e 196 mercados atendidos – e operou 603 voos diários. A frota total é de 141 aeronaves e os pedidos à Boeing somam outros 101 aviões;
No 4T23, o volume total de decolagens da companhia foi de 54.207, representando um decréscimo de 5,2% comparativamente ao 4T22. O total de assentos disponibilizados pela GOL ao mercado foi de 9,6 milhões, representando um decréscimo de 3,8% comparativamente ao mesmo período de 2022.
A margem EBITDA recorrente alcançou 32% da receita, um aumento de 7,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2022. O EBITDA foi R$1,62 bilhão, enquanto o EBIT recorrente foi de R$1,2 bilhão com margem de 23,4%;;
O CASK (custo operacional) manteve estável (apenas -0,1%) em relação ao 4T22, e no trimestre foram recebidas cinco novas aeronaves Boeing 737 MAX-8;
A alavancagem líquida atingiu 3,7x, 0,3x inferior ao 3T23;
Aumento do CASK ex-combustível de 15,1% devido à redução do ASK (oferta).
O número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) reduziu 1,0%, enquanto o total de Assento-Quilômetro Ofertado (ASK) diminuiu 5,6%;
A taxa de ocupação média (load factor) foi de 84%, um aumento de 3,9 p.p. A taxa de ocupação doméstica foi 83,8% (maior em 3,2 p.p.), enquanto a taxa de ocupação internacional foi de 85,7% (maior em 10,1 p.p.);
A utilização das aeronaves operacionais aumentou em 0,9%, para 11,7 horas por dia;
A Receita Líquida por Assento-Quilômetro Ofertado (RASK) evoluiu 13,1% para 47 centavos (R$);
O yield médio por passageiro cresceu 9,2%, atingindo o recorde para um quarto trimestre de 52,6 centavos (R$);
O Custo por Assento Quilômetro (CASK) para operações de passageiros diminuiu 1,9% para 35,31 centavos (R$), enquanto o CASK Combustível diminuiu 18,5% para 13,25 centavos (R$), devido à redução de 22% nos preços do querosene de aviação.
O prejuízo líquido, excluindo efeitos de variação cambial e marcação a mercado do componente derivativo do ESSN, no total de R$1,1 bilhão, foi de R$ 22 milhões;
A relação dívida líquida ajustada sobre o EBITDA recorrente UDM foi de 3,7x em 31/12/2023, uma redução de 0,3x comparada a alavancagem em 30/09/2023.
“A companhia permaneceu concentrada na eficiência operacional através de uma frota otimizada e uma gestão dos yields, além de se dedicar à entrega contínua de excelência nos produtos oferecidos aos clientes”, diz a companhia no release de divulgação do balanço.
A empresa terminou o ano com R$ 782 milhões em caixa, menos que os R$ 994 milhões do trimestre anterior (3T23).
No final de 2023, o programa Smiles chegou a 22,6 milhões de clientes associados, e o resgate de viagens atingiu mais de 56 bilhões de milhas no último trimestre, 10% a mais que no 4T22.