Filip Calixto   |   08/02/2024 16:18

Combustível e crédito são demandas das aéreas para seguir com Voa Brasil

Comunicado divulgado hoje é assinado por Abear, Iata, Alta e JURCAIB e representa 320 empresas

Unsplash/Alev Takil
As associações lembram que o diálogo com o governo está cada vez mais próximo e intenso
As associações lembram que o diálogo com o governo está cada vez mais próximo e intenso

Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Alta (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo), Iata (International Air Transport Association) e JURCAIB (Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil) emitiram hoje (8) um posicionamento conjunto esclarecendo a posição unificada do setor sobre o programa Voa Brasil do governo federal.

O comunicado garante que há vontade mútua de fazer o programa dar certo e que os diálogos tem ficado cada vez mais constantes, com trocas de informações mais frequentes e intensas. No texto, as entidades citam a necessidade da obtenção de uma linha de crédito específica e revisão na atual política de preços praticada para o combustível da aviação (QAV).

As associações, que representam 320 empresas aéreas de 120 países, inclusive todas as empresas brasileiras e internacionais que operam no Brasil, informaram que têm tido um contato cada vez mais próximo com o poder executivo e empenhadas em fazer o projeto ser viabilizado.

O Portal PANROTAS publicou nesta semana que , com base no colunista Lauro Jardim, que as companhias aéreas esperam auxílio do governo para dar início ao programa de passagens de baixo custo.

Veja a íntegra do comunicado logo abaixo:

"A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), a International Air Transport Association (IATA) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB), que representam mais de 320 empresas aéreas de 120 países, inclusive todas as empresas brasileiras e internacionais que operam no Brasil, esclarecem posição unificada do setor no que tange às pautas de extrema relevância para o modal aéreo e que estão em construtiva discussão com o governo federal.

O setor tem apresentado, por meio de dados, estudos e levantamentos realizados, os principais desafios enfrentados pela aviação brasileira, com o objetivo de desenvolver o mercado aéreo doméstico e, portanto, desenvolver o país econômica e socialmente. Dentre os pontos de relevância para atingir tal objetivo, se destacam o acesso ao crédito doméstico, com a criação de linhas de crédito direcionadas ao setor e a revisão na atual política de preços praticada para o combustível da aviação (QAV), com vistas a reduzir a elevada diferença entre o preço do QAV no Brasil e o preço observado nos demais países do mundo, resultando em um menor custo para se operar aeronaves no mercado doméstico, permitindo aumento de investimentos das empresas.

Ao contrário do que tem sido veiculado, as empresas aéreas brasileiras estão empenhadas no diálogo com o Governo Federal para melhorar o ambiente do setor e o acesso ao transporte aéreo, o que inclui os compromissos como o Programa Voa Brasil.

Reconhecemos o empenho que o governo federal tem desprendido em relação aos pontos acima apresentados e se mostrado sensível às pautas do setor, se dispondo a trabalhar em soluções conjuntas para estes temas, bem como a compreensão sobre o valor estratégico da aviação brasileira como vetor importante para a geração de empregos, o desenvolvimento das regiões menos conectadas e dinamização de setores da economia, como a exemplo do turismo, resultando no desenvolvimento socioeconômico do país como um todo."

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