Artur Luiz Andrade   |   06/01/2024 15:37
Atualizada em 06/01/2024 23:11

FAA exige inspeção em alguns Boeing 737 MAX 9, depois de incidente nos EUA

Painel da saída de emergência se descolou e caiu em pleno voo

Reprodução Twitter/avgeekjake

A Federal Aviation Administration (FAA), órgão que regula, controla e fiscaliza a aviação nos Estados Unidos, determinou a suspensão de operações de alguns Boeing 737 MAX 9, operados por empresas aéreas americanas em território americano.

Para voltarem a operar, as aeronaves terão de passar por uma inspeção especificada pela ordem da FAA. Cada inspeção, segundo comunicado do órgão, terá 8 horas de duração. Segundo a FAA, a ordem vai afetar cerca de 171 aeronaves Boeing 737 MAX em operação em todo o mundo.

A decisão da FAA veio depois do incidente com uma aeronave da Alaska Airlines. Um painel da porta de emergência do Boeing 737 MAX 9 da Alaska, durante decolagem do voo 1282, se desprendeu e caiu do avião, deixando um buraco na fuselagem. As máscaras de oxigênio caíram, o avião retornou ao aeroporto de Portland (PDX) e nenhum passageiro ficou ferido ou foi sugado para fora da aeronave (segundo especialistas, por ainda não ter atingido a altitude de cruzeiro).

ReproduçãoX/AviationSafety/Aviationbrk

A Alaska Airlines ordenou a imediata suspensão de todos os voos com sua frota de Boeing 737 MAX 9 e até esta tarde um quarto delas já havia sido inspecionado (pela empresa aérea, antes ainda das medidas da FAA). Segundo a empresa, as aeronaves só retornarão a voar depois que as inspeções forem completadas, com “total confiança da empresa”.

"Estou pessoalmente comprometido em fazer tudo que podemos para conduzir essa revisão de uma forma transparente e oportuna", disse o CEO da Alaska Airlines, Ben Minicucci, que se desculpou com os passageiros pela experiência terrível que tiveram e ainda agradeceu aos comissários e pilotos. O avião seguia de Portland para Ontario.

A Boeing disse estar ciente do incidente com o voo AS1282, da Alaska Airlines, em que a porta da saída de emergência de um Boeing 737 MAX 9 se desprendeu em pleno voo. “Estamos trabalhando para reunir mais informações e estamos em contato com nosso cliente, a Alaska. Um time técnico da Boeing está a postos para apoiar a investigação.”

Em outro comunicado, a Boeing disse que "segurança é sua principal prioridade e que lamenta profundamente o impacto que este evento causou em nossos clientes e seus passageiros". A empresa fabricante do Boeing 737 MAX 9 disse que concorda com a decisão da FAA de suspender a operação das aeronaves, que terão de passar por uma inspeção de oito horas para voltarem a voar. Todos os Boeing 737 MAX 9 com a mesma confirguração do avião da Alaska Airlines deverão fazer a inspeção antes de voltar a voar.

As companhias aéreas que operam o modelo MAX 9 nas Américas já estão com os aviões passando por revisão. Além da Alaska, a Aeroméxico, Copa, Icelandair e United Airlines. Ainda não houve decisão por parte das autoridades europeias.

Segundo a conta no X @AlexInAir também a Turkish Airlines resolveu inspecionar seus Boeing 737 MAX 9.

De acordo com a Anac, não há aeronaves 737 MAX 9 em operação nas frotas de empresas aéreas brasileiras.

ReproduçãoX/AviationSafety/Aviationbrk



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