Karina Cedeño   |   06/10/2023 11:16
Atualizada em 06/10/2023 11:19

Chile enfrenta greve de controladores de voos nesta sexta (6)

Atrasos serão sentidos principalmente em solo, pois não afetarão a operação das aeronaves no ar


Reprodução/Facebook
Paralisação acontece em todos os aeroportos do país
Paralisação acontece em todos os aeroportos do país

Controladores de voos domésticos do Chile promovem hoje (6) uma greve que ameaça paralisar todos os voos comerciais do país, com mobilizações que podem gerar atrasos de até aproximadamente três horas devido a um efeito cumulativo, dependendo dos itinerários de cada aeroporto, tanto nas chegadas e partidas de voos.

A Direção-Geral da Aeronáutica Civil (DGAC), órgão responsável pela segurança aeronáutica do país e pelas infraestruturas aeroportuárias nacionais, anunciou na noite de ontem (5) que o Colégio Oficial de Controladores de Tráfego Aéreo (Cocta) rejeitou a proposta para dar solução às demandas do setor, então a greve foi iniciada.

A direção quis acalmar os passageiros aéreos ao salientar que a greve não implica uma paralisação das operações aéreas nos diferentes aeroportos do país. Com este objetivo, a DGAC tem promovido, em conjunto com os operadores aéreos, uma série de medidas de mitigação para reduzir os inconvenientes e atrasos que possam ocorrer.

Os atrasos serão sentidos principalmente em solo, pois não afetarão a operação das aeronaves no ar, conforme explica Cocta. Estas medidas afetarão apenas o tráfego de passageiros em aeronaves comerciais, e quaisquer outras aeronaves estarão isentas destas ações.

Companhias aéreas alertam agentes de viagens e passageiros

Diante da paralisação, as principais companhias aéreas do país implementaram planos de contingência para alertar os passageiros sobre a possibilidade de atrasos nos seus voos. “Os horários dos nossos voos podem ser afetados”, anunciou a JetSmart. A Latam, por sua vez, esclareceu que estes atrasos estão fora do seu controle e que os seus voos também serão afetados.

Já a Sky Airline enviou um comunicado para informar os agentes de viagens que, devido à greve de hoje em todos os aeroportos do Chile, a companhia definiu os seguintes procedimentos de flexibilidade, aplicáveis apenas a voos domésticos no Chile entre os dias 6 e 9 de outubro:

  • Será permitida uma alteração de data, voo ou rota, sem penalidade ou diferença de tarifas;
  • A classe tarifária original deverá ser mantida. Caso não seja possível, solicitar a alteração por meio do Suporte a Agência, sujeita à disponibilidade de espaço;
  • Alterações podem ser feitas até 3 dias após o voo original;
  • Está permitido o reembolso total de todos os trechos não utilizados por meio do BSPLink.;
  • O endosso que deverá ser utilizado em caso de alteração é “Huelga_2023”, obrigatório;
  • Em caso de pedido de reembolso, insira no campo reason for refund “Huelga_2023”.

A Sky alerta, ainda, que os voos saindo do Brasil a Santiago e de Santiago ao Brasil não sofrerão alterações.

Demandas dos controladores de voo

Entre as demandas dos controladores de voo do Chile, estão aspectos relacionados ao investimento em infraestrutura para atingir padrões mínimos, aumentar o número de controladores de tráfego aéreo no país, reduzir a jornada de trabalho ou a solução de problemas técnicos de comunicações, navegação e vigilância do CNS.

“Lamentamos ter chegado a este ponto, pois é um cenário que queríamos evitar, mas somos obrigados a agir pela segurança das operações aéreas e daqueles que confiam as suas vidas nas nossas mãos cada vez que embarcam num avião”, disse o Cocta em um comunicado. A mobilização decorrerá durante um período limitado que incluirá parte da manhã, terminando nas primeiras horas da tarde.

Este é apenas o início de uma série de ações que os controladores de voo poderão tomar caso não obtenham uma resposta satisfatória às suas exigências.

Com informações do site Europa Press.

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