Boeing adia entregas do 737 Max por problema de componente
Complicação não é uma questão imediata de segurança de voo, afirma a fabricante
A Boeing revelou que um número “significativo” de entregas do 737 Max, seu modelo mais vendido, serão adiadas, porque um fornecedor, a Spirit AeroSystems, fez um componente usando um processo de fabricação “fora do padrão”.
O problema não é uma “questão imediata de segurança de voo”, de modo que os aviões que já estão em serviço podem continuar a operar, disse a fabricante. O revés provavelmente atrasará as receitas enquanto a empresa reinstala os acessórios afetados, que são usados para manter o estabilizador de cauda vertical no lugar. A Boeing também pode enfrentar custos para substituir as peças em aviões fabricados desde 2019.
A Ryanair esperava receber 24 aeronaves 737 Max até junho deste ano, como parte de uma expansão pós-covid. A companhia aérea disse que espera que o número de passageiros chegue a 185 milhões no ano até março de 2024, acima dos 168 milhões registrados até março de 2023. Em comunicado ao Telegraph, disse que o anúncio de sexta-feira (14) não afeta sua frota atual, mas que estava “avaliando com a Boeing como isso afetará” as entregas que espera neste verão europeu.
Analistas de bancos de investimento disseram que não está claro quanto tempo a Boeing levará para corrigir os problemas ou quanto custará. O preço das ações da empresa listadas em Nova York caiu 5% nas negociações após o expediente, enquanto as da Spirit caíram 12%.
“Provavelmente haverá retrabalho para uma parte da frota em serviço, com tempo desconhecido”, escreveu Sheila Kahyaoglu, analista do banco de investimentos Jefferies, em nota aos clientes. “Existe um processo investigativo, juntamente com a determinação da causa raiz e da solução, que pode ter um cronograma desconhecido para ser concluído.”
Com informações do The Guardian.
ATUALIZAÇÃO
A Boeing enviou um depoimento para o Portal PANROTAS após a publicação desta notícia, informando que "a falha mencionada no relatório publicado pelos portais Airfinance Journal e Leeham News não afeta o cronograma das entregas de aeronaves da Boeing e não tem impacto em nossas perspectivas de entrega."Vale reforçar que este problema não é "novo", mas sim parte de uma atividade de conformidade de processos que foi encerrada pela Boeing há vários meses. Também não se trata de um problema da aeronave e, para solucioná-lo, não é necessário reescrever o software do avião. Após análises, foi determinado que este não é um problema de segurança da aeronave.