Karina Cedeño   |   23/02/2023 19:08
Atualizada em 24/02/2023 10:21

Iberia fecha compra da Air Europa por 400 milhões de euros

A forma de pagamento é mista, o que representa a principal novidade em relação aos acordos anteriores

Divulgação
O acordo está pendente de trâmites que irão demorar cerca de 18 meses
O acordo está pendente de trâmites que irão demorar cerca de 18 meses
A administração da Iberia e a família Hidalgo assinaram um acordo que oficializa a compra da Air Europa pela companhia aérea do grupo IAG. As partes estavam em cabo de guerra desde meados de janeiro, antes de terminar o contrato de compra e venda, que foi detalhado na tarde de hoje (23). As informações são do El País.

O IAG pagará 400 milhões de euros pelos 80% que não controla. Os primeiros 200 milhões serão entregues assim que houver sinal verde por parte das autoridades competentes. Cem milhões serão transferidos em ações ordinárias do IAG e o restante será pago para a Globalia, dona da Air Europa, em dinheiro.

A forma de pagamento, portanto, é mista, o que representa a principal novidade em relação aos dois acordos anteriores. Os 100 milhões em papel representam 54,06 milhões de ações (1,08% do capital do IAG), com base na cotação média de referência das ações do IAG de 1,8496 euros, nas cinco sessões bolsistas imediatamente anteriores à data do acordo.

O IAG explicou que no segundo e terceiro anos após a data de aprovação serão pagos outros 100 milhões em cada um deles. A operação assinada nesta tarde está pendente de trâmites que irão demorar cerca de 18 meses, segundo o IAG, e nos quais a Comissão Europeia terá o papel de protagonista. Bruxelas já havia imposto condições à aquisição, o que resultou no fim de um acordo em 2021.

Recuperados os contatos, as partes deram um passo importante em 16 de agosto de 2022, quando o IAG converteu um crédito de 100 milhões concedido à Globalia em 20% do capital da Air Europa. Com isso, também foi garantido um período de exclusividade para negociar a operação, que venceu em março deste ano.

A união de ambas as companhias reforça o hub Madri-Barajas e permite à Iberia evitar a sobreposição pela Air Europa, muito procurada pela Air France nas rotas que ambas operam para a América. Dessa forma, é possível enxergar novas possibilidades para o mercado asiático.


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