Beatrice Teizen   |   19/12/2022 19:41
Atualizada em 19/12/2022 19:43

Air Canada recupera 75% da capacidade de 2019; saiba mais

Para 2022, aérea também espera uma receita bem acima, assim como foram os custos

“Depois dos dois piores anos da história da empresa, estamos tendo um ano sensacional, melhor e mais rápido do que esperávamos em termos de recuperação”. Essas foram as palavras do vice-presidente de Vendas Internacionais da Air Canada, Virgilio Russi, ao definir os resultados da companhia aérea de 2022 em um encontro com a imprensa realizado nesta segunda-feira (19), em São Paulo.

PANROTAS / Beatrice Teizen
Giancarlo Takegawa e Virgilio Russi, da Air Canada
Giancarlo Takegawa e Virgilio Russi, da Air Canada
Faltam pouco dias para o ano acabar, os números ainda não estão completamente fechados, mas a área projeta terminar 2022 com aproximadamente 75% da capacidade que tinha em 2019. Também espera uma receita bem acima – assim como foram os custos.

“Devemos terminar o ano com cerca de 150% da capacidade de 2021. As áreas que ainda não foram retomadas são, basicamente, Ásia e, principalmente, a China, por conta das restrições que ainda estão em vigor por lá. É esta região que falta para atingirmos a recuperação de 100% em relação a 2019”, explica Russi.

MERCADO BRASILEIRO
O executivo da Air Canada aponta que o Brasil foi um dos primeiros mercados a retomar a capacidade do pré-pandemia, que já foi ultrapassada. Hoje, são 17 frequências por semana, sendo um voo diário entre Toronto e São Paulo; cinco frequências semanais (reduzindo para quatro em abril de 2023) na rota Montreal-São Paulo; além dos cinco voos semanais entre São Paulo e Buenos Aires, na Argentina.

“O Brasil tem uma musculatura muito rápida, a grande vantagem do País é a sua consistência. Só em termos de capacidade, aumentamos de 125 mil assentos em 2019 para 207 mil agora em 2022/2023. Neste ano conseguimos recuperar muito bem, principalmente após a abertura total das fronteiras do Canadá em abril”, conta o diretor geral da empresa no Brasil, Giancarlo Takegawa.

Quando o país da América do Norte tirou as restrições, exigindo apenas as vacinas contra a covid-19 para a entrada de visitantes, a companhia aérea viu um crescimento nos voos dos brasileiros ao destino. Do mês de abril até novembro, foi registrada uma ocupação de quase 90% nos voos entre o Brasil e Canadá.

“O mercado brasileiro sempre foi muito importante para nós e, depois da pandemia, se tornou mais ainda. Além de para nós ser o maior da América Latina, outro ponto relevante é o fato de ter a sazonalidade oposta ao Canadá. Quando nosso desafio é onde colocar os 777 durante o inverno, é no Brasil, no verão, que colocamos. Tem um custo de operação alto, mas é um mercado de alta para nós. Os brasileiros gostam de ir para o Canadá no inverno. Além disso, é um destino forte também para o segmento corporativo, a classe executiva está sempre lotada. Não é uma rota que um dia as pessoas enjoarão, ou que os canadenses deixarão de voar para cá, é uma rota que só vai aumentar em termos de demanda”, finaliza Virgilio Russi.

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