Filip Calixto   |   12/04/2022 09:22
Atualizada em 12/04/2022 10:15

Executivos da aviação pedem, em Brasília, apoio a MPs e atenção ao QAV

Os representantes do setor levaram pleitos como a aprovação de MPs e aceleração de preços no QAV

Líderes das principais companhias aéreas do País e da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) estiveram ontem (11) em Brasília para cumprir uma agenda de reuniões e, a partir delas, debater os pleitos do setor. Os interlocutores desses encontros foram os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Marcelo Sampaio; além do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). Na pauta dos debates, os representantes da aviação levaram temas como a importância de duas Medidas Provisórias para contribuir com a recuperação do setor (MP 1.089/21, a MP do Voo Simples, que desburocratiza e simplifica o ambiente de negócios do setor, e a MP 1.094/21, que trata do Imposto de Renda sobre o leasing de aeronaves) e a disparada do preço do querosene de aviação (QAV).

Divulgação
As reuniões aconteceram ontem (11) na sede dos ministérios e na Câmara dos Deputados e tiveram a presença dos presidentes das aéreas nacionais Azul, Gol, Latam e VoePass
As reuniões aconteceram ontem (11) na sede dos ministérios e na Câmara dos Deputados e tiveram a presença dos presidentes das aéreas nacionais Azul, Gol, Latam e VoePass
Todos os temas levantados durante esses encontros, segundo ponderou a Abear, estão relacionados ao custo da atividade e são de vital importância para a saúde de um setor que, desde o início da pandemia, tem sofrido com sucessivos desafios.

Um desses assuntos, inclusive, o QAV, registrou, no final de 2021, aumento de 92% em relação a 2020 e, de 1º de janeiro a 1º de abril, o combustível acumula alta de cerca de 38%.

“Todas as reuniões tiveram um objetivo comum: o de propor aos ministros a criação de uma mesa de diálogo permanente para que possamos, juntos, encontrar soluções para a superação da crise do setor aéreo, deflagrada em 2020 pela pandemia do novo coronavírus e que ficou mais aguda recentemente com a guerra na Ucrânia, que tem pressionado os custos estruturais das empresas aéreas, principalmente o preço do QAV, responsável por mais de um terço dos custos do setor. Só com interlocução e resiliência poderemos garantir uma recuperação consistente do setor aéreo”, afirmou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

Ainda segundo Sanovicz, as reuniões foram um momento ideal para falar sobre as duas MPs, que têm potencial para que as empresas aéreas tenham mais condições de garantir uma retomada sustentável.

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