Rodrigo Vieira   |   29/04/2022 11:14
Atualizada em 29/04/2022 11:21

Avianca e Viva Air assinam acordo para unificar negócios

Empresas colombianas pretendem unir esforços, mas seguir com marcas e estratégias separadas


Wikicommons
Avianca Tower, na Colômbia
Avianca Tower, na Colômbia

Avianca Holdings e a companhia aérea low cost Viva Air, ambas originais da Colômbia, assinaram hoje um acordo para juntar seus negócios e unificar seus direitos econômicos. A meta é que essa nova holding seja estabelecida para fortalecer as companhias em termos de produtos, malha aérea, conectividade e sobretudo financeiramente, após a crise sofrida pelo setor aéreo no período de pandemia.

O acordo foi assinado pelos acionistas majoritários de ambas as companhias aéreas e prevê a ida do sócio fundador da Viva, Declan Ryan, ao conselho de administração do novo grupo. Entretanto, a eventual transferência dos direitos de controle das operações da Viva na Colômbia e no Peru à holding do Grupo Avianca estará condicionada à solicitação e obtenção de todas as autorizações regulatórias necessárias nos países requeridos.

Divulgação
Viva Air é uma low cost colombiana
Viva Air é uma low cost colombiana
A estratégia sobre a mesa prevê que ambos os grupos de companhias aéreas sigam como integrantes da mesma holding, mas mantendo as respectivas marcas e estratégias.

“Este novo e forte grupo de companhias aéreas beneficiaria aos clientes por ter uma estrutura de custos mais eficiente que lhes permitiria oferecer preços ainda mais baixos, bem como uma malha de rotas que promoveria conectividade direta entre destinos, um forte programa de fidelidade e um serviço amigável e eficiente de acordo com as necessidades do viajante de hoje", avalia o principal acionista e presidente do Conselho de Administração da Avianca, Roberto Kriete.

"Além disso, o negócio ofereceria à Colômbia e à América Latina um concorrente novo e mais forte e sustentável ao longo do tempo, incentivando ambos players a permanecerem relevantes no mercado regional”, completa o executivo.

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A330 da Avianca
A330 da Avianca
De acordo com a Avianca, os impactos da pandemia no setor aéreo foram o pivô para a decisão de unificar os direitos econômicos de ambos grupos no mesma holding. Na visão da companhia colombiana, países de todo o mundo viram a necessidade de criar empresas sólidas e sustentáveis que garantam e fortaleçam a conectividade aérea nacional e internacional e, ao mesmo tempo, gerem valor para o consumidor.

Já o sócio fundador da Viva vê este como o cenário perfeito para a continuação da estratégia da low cost de crescer e expandir mantendo a bandeira da inclusão aérea. "Além disso, se no futuro as autoridades aprovarem a gestão dos dois grupos na mesma holding, isso incentivará o mercado de transporte aéreo a continuar crescendo, promovendo tarifas baixas para os usuários e um bom atendimento com a melhor pontualidade, dando a todos a oportunidade para voar para muitos destinos ao redor do mundo", afirma Declan Ryan.

Até que as empresas obtenham as autorizações dos órgãos regulatórios, Avianca e Viva seguem como concorrentes em todos os países onde atuam, sem qualquer unificação de processos internos e externos, garantem as companhias aéreas que, somadas, têm aproximadamente 13 mil funcionários e conectariam diretamente 94 destinos.

Em junho, a Viva Air fará sua estreia no Brasil, conectando São Paulo a Medellín. A Aviareps faz a representação da empresa no País.

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