Rodrigo Vieira   |   06/12/2021 18:44
Atualizada em 06/12/2021 18:46

Tarifa aérea no Brasil seguirá acima de 2019, prevê Azul

Pandemia atingiu em cheio o setor no Brasil e as empresas terão de manter preços altos para se recompor


PANROTAS / Emerson Souza
Abhi Shah, diretor de Receitas da Azul
Abhi Shah, diretor de Receitas da Azul
Para a Azul, a única maneira de, não só a própria companhia, mas todas as competidoras se recuperarem do impacto da crise provocada pela pandemia de covid-19 no Brasil é com a manutenção de uma elevada tarifa aérea média nos próximos meses.

Não bastasse a falta de apoio do poder público nas companhias aéreas brasileiras durante a crise, o que aconteceu em vários países europeus e nos Estados Unidos, inclusive com injeção direta de capital, a inflação, o querosene de aviação e os custos operacionais para voar no País refletem na tarifa. Isso sem contar o prejuízo causado pelas aeronaves em solo durante período pandêmico.

"A Azul vai manter o preço dos bilhetes mais altos do que em 2019. Acredito que não só nós, mas toda companhia aérea precisará disso para seguir adiante. Não há outra maneira de nos recuperarmos de tudo o que passamos a não ser com a manutenção do tíquete médio acima do período pré-pandemia", esclarece o diretor de Receitas da companhia aérea, Abhi Shah, no Azul Day, evento para investidores, realizado nesta segunda-feira (6).

Contudo, a diversificação da receita da Azul dá à companhia a oportunidade de encontrar alternativas. Shah destaca que 80% dos destinos servidos pela empresa não encontram concorrência das principais competidoras Gol e Latam.

"Atendemos exclusivamente muitas cidades voltadas ao agronegócio, cidades do norte no Brasil e até pequenas cidades. Pouco a pouco isso ajuda a recuperar a receita corporativa", analisa. "De qualquer maneira, estamos entrando na temporada de verão, período para o qual também temos uma oferta sólida de destinos."

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