Rodrigo Vieira   |   15/03/2021 16:42
Atualizada em 19/03/2021 16:20

United acredita que deixará de perder dinheiro já em março

Vacinação avançada e aumento das reservas faz CEO ficar otimistas com o fim do mundo virtual


Beatrice Teizen
Scott Kirby, CEO da United Airlines
Scott Kirby, CEO da United Airlines

"Eu realmente acredito que estamos próximos do fim do mundo virtual", afirmou o CEO da United Airlines, Scott Kirby, em conferência promovida hoje pelo JP Morgan. Seus dizeres são simbólicos. A United puxa a dianteira de previsões de sinais concretos de recuperação da indústria devido ao avanço da vacinação nos principais países do mundo. Delta e American são mais conservadoras, mas também apontam para um alívio.

Mais de 1,3 milhão de passageiros movimentaram os aeroportos estadunidenses entre a última sexta e o último domingo, de acordo com o governo local. Este é o maior número desde o início da pandemia. Os índices de reservas de lazer no verão do hemisfério norte alcançaram seus níveis mais altos desde que a crise da covid-19 impactou o setor, há pouco mais de um ano.

Nos Estados Unidos, o número de vacinados ultrapassou o índice de contaminados, que por sua vez está em declínio. Como consequência, os consumidores estão mais confiantes para visitar seus amigos e parentes na alta temporada de verão, que se aproxima no país. Tal procura está ajudando a frear a queda de receita esperada para o primeiro trimestre, apontam os diretores.

As ações das aéreas americanas começaram a despencar em 21 de fevereiro de 2020, conforme a pandemia avançava rapidamente no país e no mundo, alcançado seu ponto mais crítico em 14 de maio e, desde então, crescendo até o patamar atual.

A United prevê cessar sua onda de resultados negativos até o fim de março, portanto antes do previsto. Em janeiro, a companhia divulgava que a média diária de US$ 19 milhões de prejuízo registrada no quarto trimestre continuaria no início de 2021. E a tendência é que depois de março os resultados positivos sejam uma realidade mais efetiva, assumindo que o atual crescimento de reservas será constante, como afirma Scott Kirby. Trata-se da primeira companhia aérea do país a prever que sairá do vermelho.

DELTA
Enquanto isso, o CEO da Delta Air Lines, fala em "otimismo cauteloso" a respeito de frear os resultados negativos neste trimestre. A companhia utilizará seus recursos para adquirir aeronaves neste período e acredita que a receita do primeiro trimestre tenha sido de 60% a 65% menor do que o mesmo período de 2019 (pré-pandemia).

AMERICAN AIRLINES
Por sua vez, a American Airlines diz que não prevê novas buscas por financiamentos após um acordo de US$ 10 bilhões assinado na semana passada e espera fechar março com mais de US$ 17 bilhões em liquidez.

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