Artur Luiz Andrade   |   10/03/2021 09:40
Atualizada em 10/03/2021 11:14

Latam Airlines perde US$ 4,6 bilhões em 2020

Companhia entrou em recuperação judicial no ano passado e fechou 2020 com US$ 3 bi de liquidez

Divulgação
Em recuperação judicial (Chapter 11, na corte americana), desde maio de 2020, a Latam Airlines publicou ontem o balanço de 2020, com perdas de US$ 4,6 bilhões (contra lucro de US$ 196 milhões em 2019). Somente no último trimestre do ano, o prejuízo foi de US$ 962 milhões.

No quarto trimestre de 2020 a empresa teve receita de US$ 897,5 milhões, queda de 68,7% em relação a 2019. A queda na receita de passageiros foi de 81,6% e na oferta da empresa de 67%. As receitas de carga cresceram quase 27%.

A receita total em 2020 chegou a US$ 4,3 bilhões (cerca de R$ 23 bilhões), declínio de 58,4% em relação a 2019, pré-pandemia.

O grupo chegou ao fim do ano com operações equivalentes a 33% do pré-pandemia (no trimestre) e 38,3% (em dezembro). Em 2021, a operação já vem caindo novamente, especialmente no Brasil, devido ao aumento dos casos de covid-19. As perdas operacionais no ano foram de US$ 1,6 bilhão.

Devido aos acordos dentro do processo de recuperação judicial, o Grupo Latam fechou 2020 com US$ 1,7 bilhão em caixa (a primeira parte do empréstimo DIP saiu em outubro) e US$ 1,3 bilhão disponíveis para outro empréstimo.

A corte americana estendeu o prazo para a Latam apresentar seu plano de reorganização, agora estipulado em 30 de junho de 2021, com votação até 23 de agosto.

“2020 foi o ano mais desafiador da história da aviação e da Latam. Apesar de a crise de covid-19 ter tido impacto profundo no grupo e em suas operações, e continuará tendo por um tempo ainda, esse cenário permitiu que tomássemos decisões para mudar. Vamos emergir como uma empresa mais próxima, simples, ágil e eficiente. Não temos dúvidas de que quando a crise passar, a Latam vai operar como um grupo fortalecido”, disse o CEO do grupo, Roberto Alvo.

O grupo fechou as operações da Latam Argentina no ano passado e continua com empresas no Chile, Brasil, Equador, Colômbia e Peru. Em fevereiro, o governo brasileiro aprovou a joint-venture entre a Latam e a Delta Air Lines.

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