IAG registra perda de 6,9 bilhões de euros em 2020

O IAG registou perdas de 6,9 bilhões de euros em 2020, diante do lucro líquido de 1,7 bilhão de euros obtido um ano antes, devido ao impacto da covid-19 e às restrições de viagens, de acordo com os resultados financeiros divulgados hoje (26) pelo grupo.

O prejuízo operacional no quarto trimestre foi de 1,4 bilhão de euros. Em 31 de dezembro de 2020, o grupo tinha um caixa de 5,9 bilhões de euros, uma queda de 766 milhões de euros em comparação com o mesmo dia em 2019. As instalações gerais e de aeronaves comprometidas e não sacadas eram de 2,14 bilhões de euros, elevando a liquidez total para 8,1 bilhões de euros.

O faturamento total da empresa foi de 7,8 bilhões de euros, o que representa uma queda de 69,4% em relação a 2019. A capacidade de passageiros no quarto trimestre foi de 26,6% do total em 2019 e de 33,5% no ano inteiro, em relação a 2019. O índice continuará sendo afetado negativamente pela pandemia, juntamente com restrições governamentais e requisitos de quarentena. Os planos atuais de capacidade para o primeiro trimestre de 2021 são de cerca de 20% da capacidade de 2019, mas permanecem incertos e sujeitos a revisão.

O investimento operacional de 2020 do grupo foi reduzido em 2,3 bilhões de euros, dos planos no início do ano, para 1,9 bilhão de euros, com 0,5 bilhões devido a sete entregas de aeronaves atrasadas do quarto trimestre do ano passado para este. A companhia continua focando na redução de custos, aumentando a variabilidade de suas iniciativas de base de custos e liquidez.

A British Airways chegou a um acordo para diferir 495 milhões de euros de contribuições para pensões devidas entre setembro de 2020 e outubro de 2021 e em um acordo sobre os planos de reestruturação para funcionários de carga após acordo com os outros principais grupos de funcionários da aérea no início do ano passado.

“Nossos resultados refletem o sério impacto que a covid-19 teve em nossos negócios. Tomamos medidas eficazes para preservar o caixa, aumentar a liquidez e reduzir nossa base de custos. Apesar da crise, nossa liquidez continua forte. Em 31 de dezembro, a liquidez do grupo era de 10,3 bilhões de euros, incluindo um aumento de capital de 2,7 bilhões de euros. Sabemos que há uma demanda reprimida por viagens e as pessoas querem voar. As vacinações estão progredindo bem e as infecções globais estão indo na direção certa. Solicitamos padrões de teste comuns internacionais e a introdução de passes digitais de saúde para reabrir nossos céus com segurança”, diz o CEO do IAG, Luis Gallego.