Azul pretende retomar 60% dos voos até dezembro; foco é no doméstico
Presidente da companhia, John Rodgerson, foi o entrevistado da semana no Check Point
O presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson (foto), revelou hoje, durante a sua participação no programa Check Point, no Portal PANROTAS, que a empresa trabalha com a expectativa de ter 60% de seus 950 voos diários na pré-pandemia novamente em operação até dezembro deste ano. Segundo ele, fatores como a tarifa média de R$ 300 por bilhete e a volta gradual das atividades econômicas deverão impulsionar as vendas e a retomada até o final de 2020.
A Azul planeja ofertar 407 voos por dia para 88 destinos no Brasil e no Exterior em setembro. A malha projetada para o período alcança 45% da capacidade operada pela empresa antes da pandemia e representa crescimento de 570% na malha de 70 voos que foi operada em abril, no momento mais crítico da crise, quando havia apenas a chamada malha essencial no País. Para o executivo, o pior já passou e agora é a hora de recuperar o tempo perdido.
“Saltamos de 30, 60 voos mensais para 400 em setembro. O preço é o mais barato que já vi e os hotéis estão reabrindo em todo o País, trazendo uma ótima oportunidade para que os brasileiros conheçam o seu próprio País. Já `choramos´ o suficiente de março até aqui, agora é a hora de estarmos atentos às oportunidades que teremos”, avaliou.
No entanto, para que a retomada de fato aconteça na aviação, o presidente da Azul pede que a indústria se una para um ganho conjunto do setor, e não pense apenas em ganhos individuais para cada empresa. “A Azul está fazendo tudo o que é possível para voltar a voar, e eu farei de tudo para voltarmos a 100% de nossa malha o quanto antes. 60% em dezembro é o mínimo que eu espero. Mas isso só será se possível se todos os players da cadeia estiverem em sintonia e trabalharem em conjunto. O Brasil pode liderar a retomada da aviação no mundo, mas é preciso o empenho de todos”, disse.
Além de acordos bem sucedidos com sindicatos, fornecedores e lessores de aeronaves, Rodgerson vê na pluralidade de sua frota uma característica essencial para a retomada da aviação. “Nós somos os únicos do mundo que temos aviões grandes, médios e pequenos. Estamos testando nossa malha diariamente. Operamos em grandes metrópoles e em cidades que muita gente ainda não conhece. Eu tenho como atender a demanda individual de cada mercado, seja ela com um A320, Embraer, ATR ou com um avião com capacidade para apenas nove passageiros”, apontou.
Ainda em relação a retomada, o executivo salienta que, pelo momento, onde as fronteiras dos EUA seguem fechadas, destinos brasileiros deverão ganhar mais notoriedade dos clientes. "Retomaremos nossas operações internacionais quando existirem condições para isso. Hoje, temos dois voos por semana para Fort Lauderdade (EUA) e estamos voando para Lisboa de forma reduzida. Isto não significa que vamos desistir. Voltaremos a voar para outros países, mas o nosso foco agora é o doméstico. Antes da crise, dos 950 voos diários que tínhamos, apenas 15 eram internacionais. É sexy voar para a Europa e para a Flórida, mas também é muito sexy voar para Fernando de Noronha ou Porto de Galinhas", concluiu.
Participaram da live a diretora Brasil da United Airlines, Jacqueline Conrado, e Marco Aurélio Di Ruzze, do Grupo BRT. A conversa foi mediada pelo editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade.
O Check Point é uma parceria da PANROTAS com a Imaginadora, e com apoio da R1.
A Azul planeja ofertar 407 voos por dia para 88 destinos no Brasil e no Exterior em setembro. A malha projetada para o período alcança 45% da capacidade operada pela empresa antes da pandemia e representa crescimento de 570% na malha de 70 voos que foi operada em abril, no momento mais crítico da crise, quando havia apenas a chamada malha essencial no País. Para o executivo, o pior já passou e agora é a hora de recuperar o tempo perdido.
“Saltamos de 30, 60 voos mensais para 400 em setembro. O preço é o mais barato que já vi e os hotéis estão reabrindo em todo o País, trazendo uma ótima oportunidade para que os brasileiros conheçam o seu próprio País. Já `choramos´ o suficiente de março até aqui, agora é a hora de estarmos atentos às oportunidades que teremos”, avaliou.
No entanto, para que a retomada de fato aconteça na aviação, o presidente da Azul pede que a indústria se una para um ganho conjunto do setor, e não pense apenas em ganhos individuais para cada empresa. “A Azul está fazendo tudo o que é possível para voltar a voar, e eu farei de tudo para voltarmos a 100% de nossa malha o quanto antes. 60% em dezembro é o mínimo que eu espero. Mas isso só será se possível se todos os players da cadeia estiverem em sintonia e trabalharem em conjunto. O Brasil pode liderar a retomada da aviação no mundo, mas é preciso o empenho de todos”, disse.
Além de acordos bem sucedidos com sindicatos, fornecedores e lessores de aeronaves, Rodgerson vê na pluralidade de sua frota uma característica essencial para a retomada da aviação. “Nós somos os únicos do mundo que temos aviões grandes, médios e pequenos. Estamos testando nossa malha diariamente. Operamos em grandes metrópoles e em cidades que muita gente ainda não conhece. Eu tenho como atender a demanda individual de cada mercado, seja ela com um A320, Embraer, ATR ou com um avião com capacidade para apenas nove passageiros”, apontou.
Ainda em relação a retomada, o executivo salienta que, pelo momento, onde as fronteiras dos EUA seguem fechadas, destinos brasileiros deverão ganhar mais notoriedade dos clientes. "Retomaremos nossas operações internacionais quando existirem condições para isso. Hoje, temos dois voos por semana para Fort Lauderdade (EUA) e estamos voando para Lisboa de forma reduzida. Isto não significa que vamos desistir. Voltaremos a voar para outros países, mas o nosso foco agora é o doméstico. Antes da crise, dos 950 voos diários que tínhamos, apenas 15 eram internacionais. É sexy voar para a Europa e para a Flórida, mas também é muito sexy voar para Fernando de Noronha ou Porto de Galinhas", concluiu.
Participaram da live a diretora Brasil da United Airlines, Jacqueline Conrado, e Marco Aurélio Di Ruzze, do Grupo BRT. A conversa foi mediada pelo editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade.
O Check Point é uma parceria da PANROTAS com a Imaginadora, e com apoio da R1.