Victor Fernandes   |   02/06/2020 17:34
Atualizada em 03/06/2020 10:11

VoePass retomará operações após sucesso em "hibernação"

Desde março, a VoePass apenas realizou algumas operações de carga com equipamentos hospitalares.

Divulgação
José Luiz Felício Filho, presidente da VoePass
José Luiz Felício Filho, presidente da VoePass
A partir de 3 de julho, a VoePass retomará as operações de sua base em Ribeirão Preto (SP) para São Paulo (GRU) e Rio de Janeiro (SDU), além de dez destinos operados pela MAP voando de Manaus. Em entrevista à PANROTAS, o presidente da aérea, José Luiz Felício Filho, explicou o porquê destas cidades e como a empresa tem lidado com a crise gerada pela pandemia. Desde março, a VoePass apenas realizou algumas operações de carga com testes para covid-19 e equipamentos hospitalares.

"Quando definimos que suspenderíamos as operações, demos o nome de "hibernação", para preservarmos o caixa, já que a partir da segunda quinzena de março as vendas caíram drasticamente e o passageiros passaram a não aparecer. A hibernação foi feita para preservar musculatura para essa retomada. Estivemos em contato constante com sindicatos, fornecedores e outros para para vislumbrar esse momento e então pensar numa retomada gradual, que é o que estamos fazendo agora", afirmou Felício. Para o presidente da aérea, o processo foi fundamental para a preparação da volta.

Sobre os destinos escolhidos para a retomada, Felício explicou que Rio de Janeiro é um destino importante tanto para lazer quanto para corporativo, enquanto Guarulhos será o hub da retomada da malha aérea brasileira, na visão do executivo, e assim a VoePass estaria conectando Ribeirão Preto com a malha doméstica, e futuramente, com a malha internacional. Já sobre as dez localidades na Amazônia, o presidente da aérea explicou que estão vivendo absoluto isolamento e em alguns casos são necessárias viagens de 14 dias de barco. "Dentro desse contexto, retomamos 10% da nossa malha, atendendo 13 das 47 cidades que atendemos", afirmou.

Para José Luiz Felício Filho, "a locomotiva dessa retomada é o doméstico". O presidente disse que "o regional é um alimentador do sistema. A partir do segundo semestre, passaremos por uma retomada gradual, enquanto o setor estuda mudanças de comportamento dos clientes, replanejamento das aéreas e muitas coisas que ainda vão ser consolidadas. As empresas, nacionais e internacionais, têm feito sua lição de casa para retomar o setor no País. Somos um pilar de infraestrutura. Entraremos primeiros, e com isso se consolidando, os negócios vão voltando, as viagens vão voltando. Talvez não seja a mesma de demanda do passado, mas será algo crescente", explicou.

Perguntado sobre o cenário previsto pelo presidente da Gol, Paulo Kakinoff, sobre fusões e vendas na aviação, o presidente da VoePass afirmou que este não se aplica a sua aérea. "Eu vejo que nosso negócio é muito complementar. Temos acordos com a Gol e a Latam para fornecer capilaridade à malha aérea. Nossa companhia não se enquadra a este cenário. Somos complementares a esse sistema", afirmou Felício.

O presidente da VoePass concluiu a conversa afirmando que espera que tudo seja passe logo e reforçou a implementação de novidades na operação da aérea. "É importante frisar que durante esse período, desenvolvemos protocolos de segurança aos clientes e funcionários e um novo aplicativo que vai ao ar nos próximos dias que permite acessar o cartão de embarque digital e realizar o web check-in", concluiu.

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