Danilo Teixeira Alves   |   27/04/2020 15:32
Atualizada em 27/04/2020 15:47

Como serão as viagens de avião pós pandemia?

Entre as medidas estão a limpeza completa das malas despachadas e de mão e até um passaporte de imunidade

Assim como o 11 de setembro de 2001 mudou a segurança da aviação mundial, a pandemia do novo coronavírus trará novas medidas e regras para embarcar em aeronaves comercial em todo o mundo. Segundo a consultora de marketing especializada em aviação SimpliFlying, a incerteza em torno de “como” as viagens aéreas mudará se tornou uma pergunta comum na cabeça de clientes e dos principais executivos das companhias aéreas.

Para responder a essa pergunta, a agência mapeou mais de 70 elementos de uma experiência de viagem aérea, que, segundo ela, precisarão mudar para garantir a saúde e o bem estar dos viajantes a bordo dos aviões. "Da mesma forma que as pessoas após o 11 de setembro queriam ter certeza de que não havia armas a bordo, agora não embarcarão em um voo sem a certeza de que não há vírus a bordo", comentou o fundador e CEO da SimpliFlying, Shashank Nigam, em entrevista ao Phocuswire.

Divulgação

Nigam diz que espera que algumas das ideias sejam comuns na maioria dos aeroportos nos próximos doze meses, como limpeza de todas as malas despachadas e de mão, scanners de temperatura para todos os passageiros, telas de proteção para agentes de check-in e faxineiros para a límpeza contínua das áreas comuns.

Outras idéias são mais complexas e exigem mais tempo e coordenação, como por exemplo, exigir que os passageiros carreguem um "passaporte de imunidade" para verificar se possuem anticorpos covid-19. E, assim como foi com a criação da Administração de Segurança de Transporte dos EUA (TSA) após o 11 de setembro, Nigam diz que precisará existir uma Transportation Health Authority global. "

Acreditamos firmemente que é preciso exisitr uma única autoridade que estabeleça padrões globais no aeroporto e no voo", diz ele. “Isso terá que ser gerenciado pela Icao (Organização Internacional de Aviação Civil), a Organização Mundial de Saúde e ACI (Conselho Internacional de Aeroportos). Em uma situação ideal, queremos exames e políticas de saúde consistentes em todo o mundo, porque a inconsistência apenas frustrará mais os viajantes e suprimirá a demanda", disse.

"Pessoalmente, acho que apenas deixar o assento do meio vazio é como colocar batom em um porco - é puramente cosmético. Isso apenas faz as pessoas se sentirem um pouco melhor por não haver ninguém próximo a elas, mas não há evidências científicas para apoiá-la ”, disse Nigam.

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