British Airways prevê o corte de 12 mil colaboradores
No primeiro trimestre, a companhia teve uma queda de 13% na receita total comparado ao ano passado.
Devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus, a British Airways prevê o corte de até 12 mil postos de trabalho. A companhia afirmou em comunicado que a reestruturação é necessária, já que dificilmente a demanda por viagens atingirá os níveis registrados em 2019. Atualmente, a empresa conta com 42 mil colaboradores.
"Nós precisar agir imediatamente para conseguirmos superar essa crise. Não há nenhuma ajuda financeira do governo para a BA e não podemos esperar que os contribuintes arquem com os salários indefinidamente. Somos uma empresa forte que superou muitas crises ao longo desses 100 anos de história, e devemos superar esta também", disse o CEO da British Airways, Alex Cruz.
Entre janeiro e março, a receita total foi de 4,6 bilhões de euros, o que representa uma queda de 13% em relação ao mesmo período de 2019 (5,3 bilhões de euros). No mesmo período, a capacidade de passageiros diminuiu 10,5%, enquanto o tráfego caiu 15,2%. O grupo IAG, que também detém a Iberia e a Vueling, apresentou redução na capacidade de passageiros em 94% nos meses de abril e maio, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
"O grupo espera que sua perda operacional no segundo trimestre seja significativamente pior do que no primeiro, dado o declínio substancial na capacidade e no tráfego de passageiros. A recuperação do nível de demanda alcançado em 2019 deve levar vários anos, o que exige medidas de reestruturação em todo o grupo", explicou o diretor financeiro do IAG, Stephen Gunning.