Qatar diz que precisará de apoio estatal para continuar operando
A companhia continua operando voos para repatriar pessoas que ficaram retidas em outros países.
Em entrevista para a Reuters no último domingo (29), o CEO da Qatar Airways, Akbar al-Baker, afirmou que a companhia eventualmente precisará recorrer ao governo para continuar operando. A Qatar é uma das poucas companhias que continuam a manter serviços comerciais regulares e, nas próximas duas semanas, espera operar 1.800 voos para a Europa, Ásia e Austrália, repatriando pessoas que ficaram retidas após muitos países fecharem suas fronteiras.
"Recebemos muitos pedidos de governos e embaixadas de todo o mundo solicitando que a Qatar continue operando. Vamos voar até onde for necessário e temos pedidos para levar as pessoas de volta às suas casas, caso o espaço aéreo e os aeroportos estejam abertos", afirma Baker.
No entanto, o presidente alerta que a Qatar só tem dinheiro suficiente para sustentar as operações por um período muito curto. Ele se recusou a dizer quando a companhia precisaria de auxílio estatal, que pode vir na forma de empréstimos ou patrimônio, mas afirmou que estava adotando medidas para prevenir os gastos. Os funcionários tiraram férias não remuneradas voluntariamente e Baker disse que não está recebendo salário até que a companhia retorne às operações completas.