Iata sugere US$ 200 bilhões para reparar danos do setor
Associação, no entanto, diz que não sabe se o pleito é o suficiente para evitar quebras
A aviação mundial precisará de ao menos US$ 200 bilhões de injeção globalmente para reparar os danos que o coronavírus vem causando. Só nos Estados Unidos, um dos países de maior movimentação aérea do planeta, a cifra tem de ser de US$ 50 bilhões, segundo cálculos da Iata, que tem Dany Oliveira como seu diretor no Brasil.
"As principais questões da Iata endereçadas ao mercado a esta altura são trabalho coordenado entre governo e indústria para acertar esta parte tributária e outros trabalhos em conjunto para identificar esses pontos, além de medidas de estímulo ao Turismo", afirma o diretor. "Não é só a aviação que está em crise. A aviação é parte de um elo maior. Todo esse elo precisa de medidas, toda a indústria, toda a cadeia do Turismo precisa de estímulo", completa.
Oliveira reforça a gravidade da atual crise, que ele considera sem precedentes, e diz não saber se o pleito levantado pela Iata é o suficiente para evitar quebras. "É muito novo o que está acontecendo. Não temos condição de saber", afirma. "Assim como o tema de fusões. Muitas crises globais resultam em fusões de empresas, mas o momento é prematuro para prever algo desse tipo."
Oliveira e o gerente de comunicação corporativa da Iata para América Latina, Markus Ruediger, afirmaram que a associação trabalha forte em cima da atual crise para minimizar os impactos financeiros que o setor sofrerá. A última atualização mostra que as perdas podem chegar a US$ 113 bilhões, mas a dupla da Iata não descarta que na próxima atualização a cifra deve crescer.