Danilo Teixeira Alves   |   07/10/2019 14:08
Atualizada em 07/10/2019 14:15

CEO da KLM é a favor de alianças e diz estar satisfeito com Gol

Ben Smith, CEO da Air France-KLM, negou qualquer saia justa gerada a partir do rompimento das relações entre Gol e Delta, ambas parceiras do grupo

O CEO da KLM, Pieter Elbers, afirmou que é muito gratificante ver a aérea que ele comanda completar 100 anos de atividade em um setor extremamente competitivo como é a aviação. Segundo ele, ao mesmo tempo que a indústria é positiva para a holandesa, que tem registrado bons indicadores financeiros, é prejudicial para tantas outras, que entram (ou já entraram) em colapso com dez, 20, 40 anos ou mais.

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Pieter Elbers, CEO da KLM
Pieter Elbers, CEO da KLM

“O jeito de fazer aviação muda todo dia, assim como os viajantes e suas exigências também são diferentes de ontem e de amanhã. Neste sentido, é cada vez mais interessante uma companhia ter boas alianças comerciais. A nossa relação após a fusão com a Air France trouxe inúmeros benefícios para nós como empresa, mas também para quem voa conosco”, disse.

BRASIL: MERCADO IMPORTANTE
Ainda tratando de alianças ao redor do mundo, Ben Smith, CEO da Air France-KLM, negou qualquer saia justa gerada a partir do rompimento das relações entre Gol e Delta – ambas parceiras do grupo. O executivo disse que ainda é muito cedo para quem é de fora opinar, seguindo o discurso de Elbers, que mais cedo se esquivou da pergunta. “Acreditamos que a consolidação e a parceria entre as aéreas são o futuro da aviação. Neste sentido, posso afirmar que estamos bastante satisfeitos com a nossa parceira no Brasil, a Gol”, comentou o executivo da holandesa.

Segundo Elbers, o Brasil é e continuará sendo um mercado prioritário para as ambas as companhias. Ele destacou os aumentos de frequências de uns anos para cá e a criação do hub de Fortaleza, em parceria com a Gol. "O que fizemos na capital do Ceará foi algo surpreendente. Três companhias criaram um hub que alimentam voos domésticos e internacionais", disse. "Mas, acima de tudo, vejo excelentes oportunidades para a América do Sul em geral. Claro que há alguns entraves como a economia local, mas acredito que temos chances de crescer", completou, sem dizer quando e como pretende fazer isso.


UMA APRENDE COM A OUTRA

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Ben Smith, CEO da Air France-KLM
Ben Smith, CEO da Air France-KLM
De acordo com Smith, um dos convidados para a celebração dos 100 anos da KLM, a holandesa “dá aula” quando o assunto é eficiência. “Ela nos mostra que uma companhia aérea pode ir se reinventando com o passar dos anos. Claro, toda empresa teve ou tem o seu momento difícil, mas é como ela lida com ele que vai ditar se ela é uma companhia que veio para ficar ou não. A KLM provou que sim”, comentou.

Smith reconhece que, atualmente, a Air France não é a companhia aérea mais eficiente da Europa. “Ainda há muito espaço para melhorias. Pieter Elbers e sua equipe fizeram um bom trabalho. Melhoraram os índices e deixaram os custos sob controles. A Air France está aprendendo com a KLM."

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Executivos participaram de uma rodada de perguntas e respostas
Executivos participaram de uma rodada de perguntas e respostas
O executivo da Air France avaliou como negativa a decisão do governo francês que, a partir de 2020, vai cobrar um imposto ecológico das companhias aéreas que voam para fora do país. A Air France, maior empresa da França, seria a mais impactada com a nova cobrança. Segundo a companhia, mais de 60 milhões de euros deverão ser acrescentados em seu custo operacional. “Esta medida não tonará a aviação mais sustentável. Acredito que há outras ações melhores para lutar em prol da sustentabilidade”, concluiu.

O Portal PANROTAS viaja a convite da KLM

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