Presidente da Avianca Holdings renuncia ao cargo
Hernán Rincón Lema deixa sua cadeira em momento conturbado tanto da Avianca Colômbia quanto da Avianca Brasil
O presidente da Avianca Holdings, Hernán Rincón Lema, está deixando a companhia em seis dias. Em carta enviada nesta quarta-feira ao board de diretores do grupo colombiano, o executivo abriu mão do que chamou de "desafio de liderar a Avianca com o objetivo principal de levá-la ao patamar de uma gigante global". Seu último dia será, portanto, em 30 de abril.
Rincón Lema deixa a Avianca em um momento conturbado da homônima brasileira. Em recuperação judicial desde dezembro de 2018, a Avianca Brasil devolveu 18 aeronaves das 25 que chegou a ter em frota, e manterá voos em apenas quatro cidades, de mais de 20 nas quais já atuou. Em meio à crise, porém, a Avianca Holdings veio a público esclarecer que "a aérea brasileira não tem nada a ver com a colombiana".
Contudo, a Avianca Holdings também enfrenta um momento turbulento. Há um mês, 11 voos foram cancelados pela empresa de hub em Bogotá.
Hernán Rincón Lema indicou em sua carta de demissão que "buscou converter a Avianca em uma empresa digital que voa aviões e trabalha com uma base forte para os próximos 100 anos, que lhe permitiriam continuar com um crescimento eficiente e rentável". O vice-presidente legal e conselheiro geral da Avianca Holdings, Renato Covelo, será seu sucessor interino até que se encontre alguém em definitivo para o cargo. A Avianca Colômbia agradece os serviços prestados por Rincón Lema.
Segundo o jornal colombiano El Tiempo, a Avianca Holdings está vendendo empresas para buscar liquidez e melhorar suas margens de rentabilidade. Para tanto, adiou o recebimento de 35 aeronaves A320neo e cancelou a encomenda de mais 17, além de deixar de investir em ao menos sete empresas com quem mantinha relações por considerar que os negócios não estavam dando retorno.
*Fonte: El Tiempo