De fora? Por que Comac já não ameaça Airbus e Boeing
Projeto da aeronave C919 desacelerou drasticamente, e uma possível concorrência poderá voltar a aparecer apenas daqui a alguns anos
Em setembro do ano passado, o mundo via a Commercial Aircraft Corporation of China (Comac) anunciar a aeronave C919, o primeiro grande jato de passageiros fabricado no país asiático, e surgir como grande ameaça ao duopólio formado por Airbus e Boeing. Hoje, no entanto, esse potencial já não se mostra tão alto após o projeto desacelerar drasticamente.
Desde o primeiro voo, o C919 permaneceu no chão por quatro meses e só completou alguns voos teste nos últimos oito meses, um início um tanto quanto lento para o lançamento de um novo avião. Engenheiro sênior da Rand Corp, que desenvolve pesquisa e análises para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Chad Ohlandt acredita que "algo deve ter acontecido aos primeiros protótipos para que a empresa resolvesse voltar à fase de testes."
Sem voar, a Comac não teve como adquirir todos os certificados internacionais ao C919, que não pôde comparecer a um dos maiores eventos da aviação na Ásia, a Singapore Airshow, que aconteceu no início do mês. Em consequência, a visão de mercado passou a ter mais desconfianças com a montadora chinesa.
Mesmo assim, a empresa revela ter 785 pedidos por unidades C919, mas todos de aéreas da China."Eles ainda não entregaram nenhuma aeronave a um cliente que eles não sejam donos", critiou Ohlandt ao replicar a informação de que a Comac já entregou quatro aviões à Chengdu Airlines, que pertence ao mesmo grupo da montadora.
Outro fator que explica a desaceleração é a utilização do Aeroporto Internacional de Xangai-Pudong, um dos mais movimentados da China, para a realização dos testes até novembro. Desde então, a empresa realiza os testes necessários no distante Yanling, na cidade de Xi'An visando mais disponibilidade.
A expectativa pelo sucesso da Comac e do C919 baixou a curto e médio prazo, e a própria empresa já admite isso. Durante a feira em Cingapura, um oficial afirmou que a produção em massa do avião deverá ficar para depois de 2021.
Desde o primeiro voo, o C919 permaneceu no chão por quatro meses e só completou alguns voos teste nos últimos oito meses, um início um tanto quanto lento para o lançamento de um novo avião. Engenheiro sênior da Rand Corp, que desenvolve pesquisa e análises para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Chad Ohlandt acredita que "algo deve ter acontecido aos primeiros protótipos para que a empresa resolvesse voltar à fase de testes."
Sem voar, a Comac não teve como adquirir todos os certificados internacionais ao C919, que não pôde comparecer a um dos maiores eventos da aviação na Ásia, a Singapore Airshow, que aconteceu no início do mês. Em consequência, a visão de mercado passou a ter mais desconfianças com a montadora chinesa.
Mesmo assim, a empresa revela ter 785 pedidos por unidades C919, mas todos de aéreas da China."Eles ainda não entregaram nenhuma aeronave a um cliente que eles não sejam donos", critiou Ohlandt ao replicar a informação de que a Comac já entregou quatro aviões à Chengdu Airlines, que pertence ao mesmo grupo da montadora.
Outro fator que explica a desaceleração é a utilização do Aeroporto Internacional de Xangai-Pudong, um dos mais movimentados da China, para a realização dos testes até novembro. Desde então, a empresa realiza os testes necessários no distante Yanling, na cidade de Xi'An visando mais disponibilidade.
A expectativa pelo sucesso da Comac e do C919 baixou a curto e médio prazo, e a própria empresa já admite isso. Durante a feira em Cingapura, um oficial afirmou que a produção em massa do avião deverá ficar para depois de 2021.
*Fonte: Skift