Travelport garante esforços para acelerar NDC na A. Latina
No Executive Fórum da empresa, em Mendoza, voltado para América Latina, o diretor regional Luis Carlos Vargas fala sobre a realidade da região
MENDOZA (ARGENTINA) - Por mais que as companhias aéreas da América Latina estejam atrasadas em relação à média global em termos de implementação de NDC, a Travelport garante que está fazendo sua parte para acelerar o processo e refiná-lo o máximo possível para seus clientes.
A empresa de tecnologia no Turismo está em diálogo constante com as principais transportadoras da região para garantir que todos seus parceiros na outra ponta tenham acesso ao novo código da Iata feito para a venda de auxiliares.
Esse foi um dos destaques da abertura do Travelport Executive Forum nesta quinta-feira, feita pelo diretor regional América Latina, Luis Carlos Vargas. "Nós estamos nos comunicando ativamente não só com o trade, mas também com a Iata para resolver quaisquer questões", afirma Vargas. "Fomos os primeiros a atingir a certificação nível 3. O processo pode ser lento, pois há várias questões com o NDC, mas está em andamento. O NDC é uma realidade."
O compromisso firmado entre as principais aéreas globais e a Iata é ter pelo menos 20% do conteúdo NDC oferecido até o fim do ano que vem. A Travelport concluiu, em outubro do ano passado, a primeira reserva via NDC pelo seu GDS, o Galileo. Hoje, cinco aéreas já oferecem o NDC na plataforma.
Contudo, Vargas afirma que a nova capacidade de distribuição é apenas "uma nova roupagem a algo que a Travelport sempre fez, que é dar escolhas aos clientes por meio de conteúdo relevante e passível de reserva, seja qual for o método".
O Rich Content and Branding é a principal ferramenta da própria Travelport para vender os produtos das aéreas que vão além dos assentos. Mais de 270 transportadoras vendem ancillaries por meio desse método.
ADAPTAÇÃO AO MERCADO
O assunto é amplamente discutido, mas em um evento sobre tecnologia não poderia deixar de ser reforçado. Os distribuidores e vendedeores de viagens têm de se adaptar à realidade do mercado, desde os hábitos dos millennials, que buscam experiências em detrimento de bens de consumo, a sustentabilidade ambiental como fator decisivo nas escolhas de consumo, além de personalização da viagem, bleisure, destinos "instagramáveis" e, claro, uma tecnologia de ponta que acompanhe todos esses pilares."Mais de 15 bilhões de buscas móveis por viagem foram detectadas por mês no mundo todo em 2018, quase o dobro de 2017. Essas buscas estão se convertendo cada vez mais em reserva e compra via dispositivo móvel. E mais, 98% dos viajantes levam o smartphone consigo ao longo da jornada nos dias atuais", ilustra Vargas. "A América Latina foi a região em que o Airbnb mais cresceu no ano (140%), o que demonstra busca por experiências. A dica aqui é: facilite a vida do novo viajante. Ele quer que a jornada seja simples."
INTELIGÊNCIA DE DADOS
Dados são apenas dados sem uma inteligência que saiba compreendê-los. A Travelport demonstra, durante seu fórum em Mendoza, forte disposição em inteligência artificial para entregar os dados o mais "mastigado" possível e transformá-los em negócios a seus clientes."No setor de viagens, personalização é poder. A coleta de dados pessoais cada vez mais vai além do marketing personalizado, aqueles que aparecem em locais inesperados. Esta é a hora para as empresas determinarem a linha que separa abrir mão de dados pessoais para uma melhor experiência e proteger a identidade do cliente", afirma o diretor. "Por exemplo, agora conseguimos identificar e prever melhor com que rapidez o estoque das companhias aéreas muda e diminui, o que amplia a eficiência da comunicação entre as companhias aéreas e nossos clientes."
O Travelport Business Insights e o Travelport Competitive Insights são algumas das principais ferramentas da empresa para entregar as melhores ofertas de voos com o Big Data Analytics.
CENÁRIO LATINO
Embora algumas das principais economias da região estejam em crise, a América Latina é um dos mercados prioritários na estratégia da Travelport, no qual a empresa seguirá investindo."Dados da Phocuswright apontam que o valor bruto total em reservas de viagens na região foi de US$ 60 bilhões, com previsão de aumentar para US$ 69 bilhões no ano que vem e US$ 78 bilhões em 2022. A América Latina terá uma taxa de crescimento composta de 3,6% em passageiros até 2037, atendendo um total de 731 milhões de pessoas", aponta o diretor. Em 2018 foram 300 milhões, 5% a mais do que no ano anterior.
Neste cenário, aumenta o número de companhias aéreas concorrendo pelas rotas domésticas, internacionais e "intra-latam" na região. A rota mais buscada entre países latinos é Brasil-Argentina. Não à toa low-costs como Norwegian, Sky, Flybondi e JetSmart pedem passagem.
A PANROTAS viaja a convite da Travelport, com proteção GTA