Aena apresenta plano de ação climática para seus 17 aeroportos no Brasil
Meta é alcançar a neutralidade de carbono em 2035 e atingir o Net Zero em 2040

A Aena anunciou seu Plano de Ação Climática (PAC) para os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil. Trata-se de uma iniciativa para reduzir as emissões de gases e promover a sustentabilidade no setor aeroportuário.
A concessionária tem como meta alcançar a neutralidade de carbono em 2035 e atingir o Net Zero em 2040, consolidando seu compromisso com a transição energética e a descarbonização do transporte aéreo. Para atingir esses objetivos, a Aena planeja um investimento de mais de R$ 260 milhões, sendo a maior parte destinada à substituição da frota de veículos que operam dentro dos aeroportos por veículos que utilizam energia limpa.
Os primeiros investimentos já foram realizados em Congonhas (SP), com a aquisição e início das operações de dez ônibus elétricos. Somente com essa medida, cerca de 464 toneladas de CO2 equivalente deixarão de ser lançadas na atmosfera por ano, o que representa 25% de toda a emissão de combustão móvel da Aena no Brasil.
“O Plano de Ação Climática reflete nosso compromisso com uma operação aeroportuária mais eficiente, inovadora e alinhada às melhores práticas internacionais de sustentabilidade. Estamos investindo hoje nas transformações que garantirão um futuro neutro em carbono, contribuindo ativa e efetivamente para a descarbonização do setor aéreo no Brasil”
Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais, Comunicação e ESG da Aena Brasil
A estruturação de um Plano de Ação Climática e os investimentos iniciais na área de sustentabilidade permitiram inclusive a obtenção da primeira certificação ACA (Airport Carbon Accreditation) de Nível 1 da Aena no Brasil, nos aeroportos de Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Juazeiro do Norte e Campina Grande.
Frentes estratégicas do Plano de Ação Climática
O Plano de Ação Climática para os aeroportos brasileiros da Aena está totalmente alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e com as metas para o setor estabelecidas pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). O PAC é estruturado em diversas frentes estratégicas:
- Energia renovável: implementação de plantas fotovoltaicas e aquisição de energia elétrica certificada (IREC), garantindo que 100% da eletricidade utilizada seja de fontes renováveis até 2027. Além disso, a empresa prevê a modernização de sua infraestrutura para permitir maior eficiência no consumo energético;
- Eficiência energética e operacional: ampliação do uso de iluminação LED nos terminais e pátios, instalação de sistemas inteligentes de controle de consumo energético e modernização dos sistemas de climatização. A empresa também investirá na automação de escadas rolantes, esteiras de bagagem e elevadores para otimizar o consumo elétrico;
- Frota própria sustentável: eletrificação e hibridização da frota de veículos leves e pesados da Aena Brasil, com a meta de substituir 80% dos veículos até 2035 e 100% até 2040. Até lá, será priorizado o uso de biocombustíveis, como biodiesel e etanol, em todos os veículos. Além disso, a operadora prevê a instalação de pontos de recarga elétrica nos aeroportos para incentivar o uso de veículos elétricos por terceiros;
- Tratamento de efluentes: investimentos em Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) e na redução de emissões de gases provenientes do tratamento de resíduos líquidos. Implantação de estação de tratamento de esgoto aeróbico em Recife até 2035 e nos demais aeroportos do Nordeste até 2040;
- Compensação de emissões: implementação de projetos de neutralização de emissões remanescentes por meio da compra de créditos de carbono a partir de 2035. Esses créditos serão adquiridos de projetos ambientalmente responsáveis e certificados internacionalmente.
Além dessas iniciativas, a Aena Brasil se compromete a atuar como facilitadora da descarbonização do setor aéreo. Entre as ações previstas nesse âmbito, estão:
- Aviação sustentável: desenvolvimento de incentivos para companhias aéreas utilizarem combustíveis sustentáveis (SAF), além de iniciativas para aprimorar a eficiência operacional, como otimização das operações de solo e apoio a melhorias na gestão do tráfego aéreo;
- Mobilidade: criação de incentivos para transporte sustentável de passageiros e funcionários, com ampliação da infraestrutura, carregamento de veículos elétricos e maior uso de transporte público, além da inclusão de critérios de sustentabilidade nos contratos com locadoras de veículos e empresas de transporte por aplicativo;
- Gestão de resíduos: aumento da reciclagem de resíduos sólidos nos aeroportos e implementação de medidas para reduzir o desperdício, incluindo programas de economia circular para reaproveitamento de materiais;
- Conscientização e governança: fortalecimento das ações de conscientização sobre mudanças climáticas entre funcionários, passageiros e parceiros, além da estruturação de um Comitê de Sustentabilidade responsável pelo monitoramento contínuo das metas do PAC.
A Aena também participa ativamente do programa Aeroportos Sustentáveis da Anac, do Pacto pela Sustentabilidade promovido pelo Ministério de Portos e Aeroportos e de fóruns de inovação ambiental, como o PCA – Plano Clima Adaptação e o Conexão SAF.