Filip Calixto   |   02/12/2024 17:18

Pesquisa identifica barreiras em aeroportos para pessoas com deficiência

Sugestões até o momento mostram necessidade de ampliar o uso de tecnologia para este público

Divulgação/Ministério de Portos e Aeroportos
Objetivo é coletar sugestões das pessoas com deficiência para dar mais segurança e qualidade na prestação de serviços
Objetivo é coletar sugestões das pessoas com deficiência para dar mais segurança e qualidade na prestação de serviços

O uso de tecnologias para repassar informações dos voos para pessoas com deficiência auditiva e um maior cuidado com o transporte de cadeiras de rodas pelas companhias aéreas são algumas das colaborações apresentadas pelos participantes da pesquisa de acessibilidade na aviação civil, desenvolvida pelo MPor (Ministério de Portos e Aeroportos).

O estudo, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFScar), tem o objetivo de coletar sugestões e críticas das pessoas com deficiência para dar mais segurança e qualidade na prestação de serviços, desde o momento da aquisição da passagem aérea até o desembarque.

"A ideia é compreender as principais barreiras existentes para os passageiros com deficiência para trabalhar diretrizes junto aos aeroportos e às companhias aéreas para tentar reduzir os problemas detectados"

Karla Santos, coordenadora do projeto Aviação Acessível

As sugestões apresentadas até o momento mostram necessidade de ampliar o uso de tecnologia para pessoas com deficiência, melhorando a acessibilidade já nos sites e aplicativos das companhias aéreas. Para pessoas surdas, os participantes apontam problemas na hora do embarque e até mesmo dentro das aeronaves, para compreender as orientações repassadas pelos tripulantes.

Durante a pesquisa, utilizando uma escala de 1 a 5, o participante avalia tanto a relevância das práticas de acessibilidade apresentadas (89 itens no total), quanto a efetividade daquelas práticas com as quais ele teve experiência durante suas viagens.

Como práticas mais relevantes foram apontadas a “capacitação dos trabalhadores para atendimento de pessoas com deficiência” e “disponibilização dos recursos de acessibilidade”. Quanto às experiências com práticas durante a viagem, as práticas mais bem avaliadas até agora foram, para o caso dos aeroportos, a utilização de “ponte de acesso para embarque/ desembarque acessível (finger)” e, para o caso das empresas aéreas, “programas de visitas para familiarização com o ambiente e com os procedimentos que são realizados durante uma viagem aérea”.

Para participar da pesquisa, basta acessar a plataforma Participa + Brasil ou por meio do site do projeto Aviação Acessível.

No site do projeto ainda é possível conhecer o Manual de Acessibilidade para a Aviação Civil Brasileira, onde constam diretrizes e um maior detalhamento das práticas de acessibilidade avaliadas na pesquisa, assim como, um programa de treinamento para apoiar aeroportos e companhias aéreas na melhoria das experiências de viagem dos passageiros com deficiências.

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