Abear e GRU Airport dizem que aglomeração foi problema pontual
Sistema das aéreas ficou fora do ar por 12 horas, segundo GRU Airport
As imagens de aglomeração no GRU Airport, em plena vigência dos protocolos por causa da pandemia do novo coronavírus, foram alvo de reportagens de diversos portais e jornais no País e de protestos de viajantes nas redes sociais. O distanciamento físico não foi possível no saguão do aeroporto.
O GRU Airport disse que se tratou de uma falha na rede elétrica da região, gerenciada pela EDP, e que isso causou danos aos equipamentos do aeroporto e sistemas das aéreas. Alguns voos atrasaram e houve acúmulo de passageiros. Segundo a concessionária do aeroporto o sistema das aéreas ficou fora do ar por 12 horas.
As companhias aéreas têm feito ótimo trabalho na pandemia, há de se reconhecer, especialmente na divulgação da qualidade do ar a bordo e implementação e uso de tecnologias e produtos que garantem a segurança e a saúde dos clientes. Mas se há algum gargalo é no distanciamento físico no embarque e no check-in. Aeroportos como o de Guarulhos, com fluxo alto de viajantes, ainda mais no verão, sofrem mais com esse desafio de não aglomerar pessoas. E os viajantes, claro, precisam se conscientizar de que as filas não podem ser como antes.
Em meio a uma nova alta de casos, talvez medidas mais enérgicas sejam necessárias, como no caso da saída das aeronaves, em que um funcionário vai liberando fila por fila. “Em alguns momentos o brasileiro só respeita a lei se há uma barreira clara, com o funcionário indo de fila em fila. As aéreas conscientizaram sobre a segurança a bordo, investiram em novos processos, reforçaram a limpeza e outros procedimentos, não há dúvida que fizeram um bom trabalho. E fazem. Mas esses gargalos precisam de um pulso mais firme, em parceria com os aeroportos e demais players”, opina o editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade.
“Imagens como a do GRU Airport esta semana podem desestimular as pessoas a viajar. Precisamos passar confiança para os clientes, que já se sentem seguros em viajar de avião, por todo o trabalho que foi feito pelas aéreas. Mas a interação com as demais pessoas nos aeroportos precisa melhorar”. O jornalista embarcou ontem de Congonhas para o Santos Dumont e também viu aglomerações nos portões de embarque tanto em CGH quanto no SDU, e não era por falta de aviso dos funcionários das aéreas. "O viajante de avião forma fila por default, e não é de hoje. E parecem não ouvir a recomendação de distanciamento. Precisa de mais conscientização que o mundo mudou", finaliza o editor da PANROTAS.
Veja abaixo a nota enviada à PANROTAS pelo GRU Airport:
“A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, esclarece que um distúrbio no sistema elétrico da EDP, fornecedora de energia, causou graves danos a equipamentos do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e a sistemas das companhias aéreas, o que levou a atrasos nos voos e, consequentemente, ao acúmulo de passageiros.
Os planos de contingência do aeroporto permitiram que a energia fosse restabelecida em uma hora, mas o sistema de reservas das empresas aéreas ficou fora do ar por 12 horas, o que obrigou as companhias a trabalharem de forma manual, provocando lentidão nos processos e aglomeração de passageiros.
O aeroporto tem operado abaixo de sua capacidade e segue todos os protocolos de distanciamento social, higienização, medição de temperatura e demais medidas exigidas pela Anvisa.”
ABEAR
A Abear, que representa as aéreas Gol, Latam e VoePass, enviou a seguinte nota à PANROTAS e também considerou a aglomeração de Guarulhos um problema pontual e não setorial.
"A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) destaca que as suas associadas cumprem rigorosamente com todas as medidas de segurança sanitária determinadas pelas autoridades da Saúde e da Aviação Civil: Anvisa, Anac e Secretaria de Aviação Civil (SAC), respectivamente. Esses protocolos foram definidos por meio de grupos de trabalho criados e coordenados pelas duas agências e pela SAC, em parceria com demais integrantes da cadeia do setor aéreo.
Para reforçar o cuidado da aviação com passageiros e colaboradores, a Abear criou recentemente um comitê de Segurança Sanitária com a participação de representantes das empresas aéreas, médicos de cada associada, setores de Cargas e de Relações Institucionais, além de tripulação de cabine (comissárias e comissários). O objetivo é o de monitorar e aperfeiçoar os procedimentos sanitários em prática, incluindo a avaliação de protocolos adotados em outros países do mundo que eventualmente poderiam ser adotados no país.
Acesse a íntegra dos procedimentos sanitários a bordo no site da ABEAR.
O GRU Airport disse que se tratou de uma falha na rede elétrica da região, gerenciada pela EDP, e que isso causou danos aos equipamentos do aeroporto e sistemas das aéreas. Alguns voos atrasaram e houve acúmulo de passageiros. Segundo a concessionária do aeroporto o sistema das aéreas ficou fora do ar por 12 horas.
As companhias aéreas têm feito ótimo trabalho na pandemia, há de se reconhecer, especialmente na divulgação da qualidade do ar a bordo e implementação e uso de tecnologias e produtos que garantem a segurança e a saúde dos clientes. Mas se há algum gargalo é no distanciamento físico no embarque e no check-in. Aeroportos como o de Guarulhos, com fluxo alto de viajantes, ainda mais no verão, sofrem mais com esse desafio de não aglomerar pessoas. E os viajantes, claro, precisam se conscientizar de que as filas não podem ser como antes.
Em meio a uma nova alta de casos, talvez medidas mais enérgicas sejam necessárias, como no caso da saída das aeronaves, em que um funcionário vai liberando fila por fila. “Em alguns momentos o brasileiro só respeita a lei se há uma barreira clara, com o funcionário indo de fila em fila. As aéreas conscientizaram sobre a segurança a bordo, investiram em novos processos, reforçaram a limpeza e outros procedimentos, não há dúvida que fizeram um bom trabalho. E fazem. Mas esses gargalos precisam de um pulso mais firme, em parceria com os aeroportos e demais players”, opina o editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade.
“Imagens como a do GRU Airport esta semana podem desestimular as pessoas a viajar. Precisamos passar confiança para os clientes, que já se sentem seguros em viajar de avião, por todo o trabalho que foi feito pelas aéreas. Mas a interação com as demais pessoas nos aeroportos precisa melhorar”. O jornalista embarcou ontem de Congonhas para o Santos Dumont e também viu aglomerações nos portões de embarque tanto em CGH quanto no SDU, e não era por falta de aviso dos funcionários das aéreas. "O viajante de avião forma fila por default, e não é de hoje. E parecem não ouvir a recomendação de distanciamento. Precisa de mais conscientização que o mundo mudou", finaliza o editor da PANROTAS.
Veja abaixo a nota enviada à PANROTAS pelo GRU Airport:
“A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, esclarece que um distúrbio no sistema elétrico da EDP, fornecedora de energia, causou graves danos a equipamentos do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e a sistemas das companhias aéreas, o que levou a atrasos nos voos e, consequentemente, ao acúmulo de passageiros.
Os planos de contingência do aeroporto permitiram que a energia fosse restabelecida em uma hora, mas o sistema de reservas das empresas aéreas ficou fora do ar por 12 horas, o que obrigou as companhias a trabalharem de forma manual, provocando lentidão nos processos e aglomeração de passageiros.
O aeroporto tem operado abaixo de sua capacidade e segue todos os protocolos de distanciamento social, higienização, medição de temperatura e demais medidas exigidas pela Anvisa.”
ABEAR
A Abear, que representa as aéreas Gol, Latam e VoePass, enviou a seguinte nota à PANROTAS e também considerou a aglomeração de Guarulhos um problema pontual e não setorial.
"A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) destaca que as suas associadas cumprem rigorosamente com todas as medidas de segurança sanitária determinadas pelas autoridades da Saúde e da Aviação Civil: Anvisa, Anac e Secretaria de Aviação Civil (SAC), respectivamente. Esses protocolos foram definidos por meio de grupos de trabalho criados e coordenados pelas duas agências e pela SAC, em parceria com demais integrantes da cadeia do setor aéreo.
Para reforçar o cuidado da aviação com passageiros e colaboradores, a Abear criou recentemente um comitê de Segurança Sanitária com a participação de representantes das empresas aéreas, médicos de cada associada, setores de Cargas e de Relações Institucionais, além de tripulação de cabine (comissárias e comissários). O objetivo é o de monitorar e aperfeiçoar os procedimentos sanitários em prática, incluindo a avaliação de protocolos adotados em outros países do mundo que eventualmente poderiam ser adotados no país.
Acesse a íntegra dos procedimentos sanitários a bordo no site da ABEAR.