Vinicius Novaes   |   11/09/2020 14:17
Atualizada em 14/09/2020 12:34

Aeroportos registram aumento de passageiros nesta retomada

Os aeroportos foram o tema da LIVE PANROTAS Retomada das Viagens desta sexta-feira (11)

Unsplash/Safwan Mahmud
Mesmo que ainda de forma gradual, alguns dos principais aeroportos do País já refletem um reaquecimento do setor, seis meses após o início da pandemia de covid-19 no Brasil. Esse foi o tema da LIVE PANROTAS – Retomada das Viagens desta sexta-feira, que reuniu representantes dos aeroportos de Salvador, Rio de Janeiro (Galeão), Florianópolis, Vitória, Macaé, Brasília e Natal.

No Rio de Janeiro, o aeroporto do Galeão registrou uma recuperação de 21% de todos os assentos domésticos em agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado. Já em relação aos voos internacionais, esse número ficou um pouco mais abaixo: 6%, devido ao ainda estado de fechamento de fronteiras com o Brasil na maioria dos países

“Sobre os destinos, também em agosto, houve o retorno de 20 dos 30 que eram operados antes da pandemia e, no caso dos internacionais, esse número ficou em 4, o que é justificável pelo fato de alguns países ainda estarem com as fronteiras fechadas”, afirmou o diretor de Negócios Aéreos do RioGaleão, Patrick Fehring.

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Patrick Fehring (RioGaleão)
Patrick Fehring (RioGaleão)
Outro exemplo é o aeroporto de Salvador, que apresentou um incremento de 32% na média de voos neste mês em relação a agosto. De acordo com o gerente de Marketing e Promoção Aérea do Salvador Bahia Airport, Marcus Campos, neste mês, o terminal já registrou o retorno de 19 voos domésticos e um internacional.

“Antes da pandemia, o aeroporto recebia de 80 a 100 voos diários, mas em abril, por exemplo, chegamos a ter apenas três operações por dia”, lembrou o executivo. Campos ainda destacou que, na última quarta-feira (9), o terminal recebeu 10 mil passageiros, sendo que a média – em tempos normais – era de 21 mil pessoas.

Florianópolis também confirma a recuperação. Setembro registrou uma recuperação de 35% do volume de passageiros em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto em Vitória essa porcentagem foi de 41%. “Já em Macaé (RJ) registramos um aumento de 42% no fluxo de passageiros em relação ao ano passado”, afirmou o CEO dos aeroportos de Florianópolis, Vitória e Macaé, Ricardo Gesse. Segundo ele, em Vitória e Macaé o fluxo corporativo está mais forte que o de lazer.
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Roberto Luiz (Brasília e Natal)
Roberto Luiz (Brasília e Natal)

Ainda de acordo com o executivo, o aeroporto de Florianópolis chegou a registrar 19 mil passageiros em abril deste ano, considerado um número baixo para o terminal. “Mas já voltamos a registrar altas”, disse Gesse. “De julho para agosto, houve um incremento de 24% e, de agosto para setembro, de 44%”, exemplificou.

Administrado pela Inframerica, o Aeroporto de Brasília, passou a registrar um aumento gradual no número de passageiros a partir de junho. Segundo o diretor de Negócios Aéreos do aeroporto, Roberto Luiz, essa taxa está ao redor de 50% mês a mês. “Em outubro temos uma perspectiva de crescimento e de retorno de mais voos à capital federal”, disse.

No caso do aeroporto de Natal (RN), também administrado pela Inframerica, houve uma queda de até 95% no número de passageiros entre abril e maio deste ano. No entanto, atualmente, o terminal da capital do Rio Grande do Norte já registra um aumento de 35% de passageiros e de voos.

CAPTAÇÃO
Em um momento de retomada, captar novas operações é uma estratégia mais do que fundamental. Marcus Campos concorda e garante que tem conversado com as companhias aéreas sobre o assunto. “Na verdade, precisamos ir mais adiante e discutir uma estratégia que vá além da Embratur e que pense em promoções para destinos de longa distância”, disse. “Precisamos discutir competitividade”, afirmou.

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Marcus Campos (Salvador)
Marcus Campos (Salvador)
Ricardo Gesse concorda sobre a relevância do diálogo com as aéreas. “Estamos conversando bastante com o mercado chileno, argentino e o paraguaio a fim de estreitar os laços com esses países e, assim, exercer o papel da retomada, que será o de curtas distâncias”, destacou.

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Ricardo Gesse (Florianópolis, Vitória e Macaé)
Ricardo Gesse (Florianópolis, Vitória e Macaé)
No Rio de Janeiro, essa ideia passa muito pela captação do trade especificamente. “O aeroporto tem a obrigação de fazer essa ponte entre as aéreas e o trade turístico”, afirmou Fehring. Neste período de retomada, por exemplo, o executivo disse que a Argentina é um dos mercados mais palpáveis atualmente.

Além do diálogo, a estratégia do aeroporto de Brasília, em especial, é aprimorar a parte operacional, característica essa fundamental para atrair novas companhias. “Sempre tivemos a filosofia de trabalhar muito próximo às companhias aéreas e mostrar os bons padrões operacionais são fatores importantes para aumentar a capilaridade”, afirmou Roberto Luiz, que destacou o investimento da Gol no aeroporto, incluindo voos para destinos não operados antes da pandemia, especialmente as chamadas cidades secundárias no interior do País. Marcus Campos, de Salvador, também apontou a Gol como uma das maiores incentivadoras do aeroporto, que foi o segundo em adição de voos da empresa este mês, perdendo apenas para Guarulhos.


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