Adrián Bertini   |   29/11/2018 19:27
Atualizada em 15/04/2024 20:16

Delta lança terminal biométrico com embarque 40% mais rápido

Delta abre, no aeroporto de Atlanta, o primeiro terminal biométrico dos EUA

Leonardo Ramos
Terminal F do aeroporto de Atlanta, com voos da Delta e suas parceiras, contará, a partir de primeiro de dezembro, com embarque completamente feito por reconhecimento facial
Terminal F do aeroporto de Atlanta, com voos da Delta e suas parceiras, contará, a partir de primeiro de dezembro, com embarque completamente feito por reconhecimento facial

ATLANTA - A Delta Air Lines acaba de dar um passo a frente de seus concorrentes nos Estados Unidos quando se pensa na experiência do passageiro. A aérea revelou, nesta quinta-feira (27), seu terminal biométrico em seu hub de Atlanta, acessível para clientes dos voos que a empresa e suas parceiras operam no aeroporto.


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Isso significa que todos que voarem com Delta, Aeromexico, Air France, KLM e Virgin Atlantic - empresas com joint venture com a companhia estadunidense - poderão realizar todas as etapas do processo de embarque apenas através de reconhecimento facial, tornando desnecessário apresentar seu documento e passagem aérea repetidas vezes.


Chamado embarque biométrico end-to-end (do início ao fim), envolve quatro etapas onde antes o passaporte era exigido: check-in, despacho de bagagens, passagem pelo ponto de controle da TSA e, finalmente, a entrada no avião.


Leonardo Ramos
Sistema exige um mínimo de 90% de compatibilidade para aprovar a entrada do passageiro
Sistema exige um mínimo de 90% de compatibilidade para aprovar a entrada do passageiro

O reconhecimento facial segue acontecendo, no momento, em apenas alguns portões, mas será aberto completamente já neste sábado (1) em todos os embarques no Terminal F do aeroporto de Atlanta, onde Delta e suas parceiras operam.


Primeiramente apenas para voos internacionais, a ideia do COO da Delta, Gil West, é que no futuro os voos domésticos também contem com todo o processo via reconhecimento facial.


MENOS ESTRESSE E ECONOMIA DE TEMPO

"Na prática, o embarque biométrico torna desnecessária aquela prática chata de ter que pegar passaporte e passagem aérea a cada dez passos, em cada uma dessas etapas, o que pode ser exaustivo e frustrante quando o documento não está em um lugar de fácil acesso, como perdido na sua mala", resumiu o COO da Delta, Gil West, durante evento de apresentação do terminal nesta quinta-feira (29), no aeroporto de Atlanta.


Leonardo Ramos
De terno o COO da Delta, Gil West, com John Wagner, comissário adjunto do CBP
De terno o COO da Delta, Gil West, com John Wagner, comissário adjunto do CBP

"A segurança está lá. Isso não muda, identificamos cada passageiro, mas agora isso acontece apenas atrás das câmeras. Ninguém mais precisa ter sua experiência prejudicada por não achar documentos, e todos ficarão menos estressados com o novo processo, isso eu garanto."


E se o menor estresse na hora de embarcar é um dos principais objetivos do embarque biométrico, a maior agilidade e economia de tempo é o outro. De acordo com o comissário adjunto da CBP, John Wagner, o longo tempo de espera na fila para entrar no avião pode ser reduzido em torno de 40% com o reconhecimento facial, já que basta ir até a câmera, ser identificado (o que leva em torno de dois segundos) e embarcar na aeronave.


"É o futuro da aviação: gerar processos com cada vez menor pontos de fricção, melhorar a experiência de voar de avião. E acredito que estamos um passo a frente dos nossos competidores nisso", acrescentou o COO da Delta.


Após Atlanta, o próximo aeroporto a receber a tecnologia será o de Detroit. A previsão é que já em dezembro deste ano os portões do Terminal Mc Namara contem com o embarque por reconhecimento facial, enquanto o processo 100% biométrico - ou seja, do check-in à entrada na aeronave - deve ser completo em 2019. Orlando, Los Angeles e Nova York também devem receber a tecnologia, "provavelmente em 2019", segundo Gil West.


PASSO A PASSO


  • Fotografia

O primeiro passo é conseguir a foto do passageiro. Em caso de turistas estrangeiros, como no caso dos brasileiros, é utilizada a foto tirada na hora de tirar o visto. Ela fica armazenada na Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês), ou seja, ao chegar no aeroporto, o passageiro não precisa passar por um novo processo de fazer uma foto para ser aplicável ao reconhecimento facial


  • Check-In

O uso do reconhecimento facial começa no check-in. Os quiosques de auto-atendimento contam com uma câmera, e basta se posicionar em frente a um deles e pressionar "face recognition" na tela, que a câmera será ativada.


Leonardo Ramos
Quiosques de check-in contam com câmera de reconhecimento facial
Quiosques de check-in contam com câmera de reconhecimento facial

Assim que o sistema confirmar sua identidade - precisa atingir uma compatibilidade de ao menos 90% em relação a foto do sistema -, o nome e voo do passageiro aparecerão na tela, momento em que pode ser finalizado o check-in com informações como número de bagagens para despachar e contato de emergência.


  • Despacho de bagagens

Despachar a bagagem segue uma lógica bem similar à observada no check-in. O cliente se direciona ao local do despacho, olha para a câmera que fica nele e tem seu nome e check-in identificado, assim como o número de bagagens que quer despachar. Ou seja, ao invés do funcionário da companhia precisar realizar o processo de despacho, o próprio passageiro olha para a câmera, é reconhecido e pode colocar a marca na esteira - algo extremamente mais ágil, e que deve ajudar a acelerar as filas nos aeroportos.


Leonardo Ramos
No despacho de bagagens, você olha para a câmera, e o sistema acha sua passagem e quantas malas você irá despachar
No despacho de bagagens, você olha para a câmera, e o sistema acha sua passagem e quantas malas você irá despachar

  • Ponto de controle / Raio-x

Para entrar na área de embarque, no ponto de controle da segurança do aeroporto, ao invés de mostrar o passaporte, basta, novamente, olhar para a câmera de reconhecimento facial, e seguir para o raio-x - no momento ainda é solicitado o bilhete aéreo neste ponto, mas isso deve tornar-se também desnecessário a partir do próximo ano.

Leonardo Ramos
Reconhecimento facial também na entrada da área de embarque
Reconhecimento facial também na entrada da área de embarque

  • Portão de Embarque

Enfim o ponto mais crítico do embarque, e onde o processo deve ser mais otimizado: o embarque final na aeronave. Assim como no ponto de controle, o passageiro se posiciona na frente da câmera, que confirmará sua identidade e permitirá a entrada no avião - leva, novamente, menos de dois segundos.


Leonardo Ramos
Passageiros embarcando no avião com o reconhecimento facial
Passageiros embarcando no avião com o reconhecimento facial

O Portal PANROTAS viaja a convite da Delta Air Lines, com proteção GTA.

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