Justiça aceita recuperação judicial da 123 Milhas
1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte deferiu pedido da OTA mineira
A 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais, acaba de aceitar o pedido de recuperação judicial feito pela OTA 123 Milhas, pela HotMilhas e pela Novum Investimentos, sócia da empresa.
De acordo com informações do G1, a juíza Claudia Helena Batista, da vara, ordenou a suspensão, pelo prazo de 180 dias, de todas as ações e execuções contra as devedoras. Ela determinou, ainda, que as companhias apresentem o plano de recuperação no prazo de 60 dias, sob pena de decretação de falência, conforme prevê a legislação.
Segundo a decisão, o plano "deve conter medidas de reparação ao universo dos credores consumeristas pelos danos causados em todo território nacional", informa o G1.
A 123 Milhas e as duas outras empresas entraram na última terça-feira (29) com a recuperação judicial, alegando estar passando pela maior crise financeira desde suas fundações. No pedido constavam dívidas superiores a R$ 2,3 bilhões.
O caso 123 Milhas
- Em 18 de agosto, a 123 Milhas suspendeu as vendas flexíveis e anunciou reembolso a clientes com vouchers
- No dia seguinte, a 123 Milhas entrou na mira dos ministérios do Turismo e da Justiça
- Em 21 de agosto, a Senacon entrou na jogada contra a 123 Milhas
- No mesmo dia, o Ministério do Turismo suspendeu o Cadastur da 123 Milhas
- 123 Milhas tem conta bloqueada pela justiça para reembolsar cliente
- O CEO da Latam atacou a maneira de atuação da 123 Milhas e de outras OTAs milheiras e de pacotes flexíveis
- Associações de Turismo comentam o caso 123 Milhas
- Empresas do grupo 123 Milhas, Hot Milhas e MaxMilhas também sofrem com a crise e tomam medidas para estancá-la
- Sócios da 123 Milhas são obrigados a ir à CPI das Pirâmides Financeiras
- 123 Milhas pede Recuperação Judicial em 29 de agosto
- Um dia depois do pedido de Recuperação Judicial, a 123 Milhas foi suspensa pelo Procon no Distrito Federal