Agências de viagens falam sobre "unavação" no Unav Awards; entenda
Painel apresentou cases de sucesso e discutiu estratégias de fidelização de clientes
Durante a segunda edição do Unav Awards, que acontece neste sábado (23), Artur Andrade, editor-chefe do PANROTAS, mediou a palestra "A Unavação no Agenciamento de Viagens", com a presença dos painelistas Mariana Tito, da Tapuató Viagens e Turismo, Aline Cobalchini, da Coacoba, Mauri Viau, da Elite Resorts, e Duda Slud, da Unav.
Andrade iniciou o painel de mercado falando sobre "mágica", tema central desta edição do Unav Awards. Ele comentou que o Turismo não tem mágica e, sim, muito trabalho, lembrando que empresas que prometiam soluções ou números mágicos, hoje, estão com problemas - em uma referência à 123 Milhas.
Os painelistas falaram um pouco sobre o case de sucesso de suas agências, além dos desafios que enfrentaram ao longo da carreira até alcançarem o sucesso profissional.
Mariana falou sobre a importância da sensação de segurança que uma agência precisa passar ao consumidor ou fornecedor para fidelizar clientes. "Nós trabalhamos com vários parceiros para poder atender melhor às necessidades particulares de cada cliente. Às vezes, o perfil do cliente se encaixa mais com o serviço de parceiro A ou B, e esse leque de opções só agrega na hora de fidelizar o cliente".
"Um dos desafios é a inovação e a personalização. Normalmente, quando pedimos um roteiro ou um serviço diferente para nossos parceiros, é muito comum entregarem algo pronto, deixando de lado a questão da personalização. É muito difícil achar uma solução individualizada para cada empresa, porém isso seria o ideal"
Aline Cobalchini, diretora da Coacoba
Mauri Viau falou sobre a redução de sua equipe na pandemia e o modelo de home office, "antes tínhamos uma estrutura presencial enorme que, com a pandemia, se mostrou desnecessária. No começo foi difícil, pois percebemos uma queda no rendimento logo no início das atividades 100% home office, porém esse modelo foi se aprimorando e, hoje, não enxergo a necessidade de voltarmos ao atendimento presencial. O comprador de resorts busca um atendimento diferenciado e, mesmo remotamente, estamos conseguindo entregar isso", concluiu.
"Um agente de viagens precisa entender que, antes de tudo, ele é um vendedor. Um vendedor da agência. O que faz as pessoas lembrarem da nossa agência é o relacionamento, que é ligar quando um cliente fica doente, saber o que está acontecendo na vida daquele cliente. Qualquer conexão legítima que você conseguir estabelecer com seu cliente, ou parceiro, é válida".
Aline Cobalchini
Relação com as companhia aéreas
"Desde que as companhias aéreas começaram a reduzir a comissão das agências, ficou claro que não havia nenhum tipo de parceria entre nós. Essa falta de parceria faz com que eu não queira o dinheiro da aérea, pois é uma responsabilidade muito grande. Para mim, 90% dos problemas que surgem, partem da relação com elas. As agências prestam um serviço excepcional para garantir a excelência da experiência do cliente, porém, isso muitas vezes não é reconhecido por outras empresas da cadeia do Turismo. Meu recado para os fornecedores é: respeitem o trabalho dos agentes de viagens, o mercado do Turismo requer parceria e união".
Mauri Viau, diretor da Elite Resorts