Fitur 2022: Turismo tem de aprender a conviver com saúde e segurança
Recado da Fitur é de que Turismo precisa seguir adiante
MADRI - A Fitur, primeira feira do calendário internacional de Turismo, realizada todos os anos em janeiro na capital espanhola, não aconteceu no mesmo mês no ano passado. Adiada para maio, a edição 2021 foi menor, mas lançou uma espécie de manifesto de resistência ao decidir ser a primeira feira internacional presencial da Europa e levar um pouco de otimismo para o verão no hemisfério norte e para um dos setores mais atingidos pelos estragos do novo coronavírus.
Naquela ocasião, alguns meses após o mundo conhecer as vacinas e começar a usá-las massivamente – e um ano após as instalações do Ifema Madrid, seu lar há muitos anos, ceder lugar a um dos maiores hospitais de campanha do mundo –, a Fitur dava forma à preocupação de todo o setor de Viagens e Turismo ao destacar a necessidade de a indústria se repensar para seguir em frente mesmo em meio a um cenário tão desafiador.
Em 2022, a feira segue presencial, começa defendendo a convivência do Turismo com a segurança sanitária e novamente personifica a resistência ao decidir bancar sua realização – está acontecendo presencialmente, com muitos protocolos de segurança, mesmo em meio à escalada da variante ômicron e depois de cancelamentos como o da ITB de Berlim, que desistiu de seu tradicional trade show em 2022 e fará eventos on-line.
“Com sua decisão, a Fitur defende a convivência do Turismo com a segurança sanitária e lança uma mensagem incontestável de que o Turismo deve seguir adiante e aprender a viver de forma segura com essa nova situação”, afirmam seus realizadores. De acordo com eles, a atividade não pode parar, pois precisa seguir liderando o desenvolvimento econômico e social justamente nesse contexto de recuperação.
Isso a Espanha, sede do encontro, sabe bem, uma vez que costuma liderar as estatísticas do setor e disputar com a França o título de destino mais visitado do mundo por turistas internacionais. Não à toa, essa posição tem o apoio de diversos segmentos da economia espanhola e da própria família real do país, que costumava abrir a Fitur todos os anos.
Foi com esse clima de resistência que o evento começou hoje em Madri e segue até 23 de janeiro com três dias voltados aos profissionais e dois ao público final. Mas, para quem achou que a edição vinha pequena, se assustou com seu tamanho ocupando oito pavilhões do Ifema Madrid. Ao novamente sintetizar a voz da indústria, a Fitur conta com o apoio e simpatia de boa parte dos profissionais dT turismo presentes à feira.
O PANROTAS viaja a convite da Fitur como media partner brasileiro do evento e vai contar tudo que acontece por lá nos próximos dias. Acompanhe.