Copom mantém taxa Selic em 13,75% ao ano e gera controvérsia
O Comitê argumentou que ainda existem riscos de crescimentos da inflação no mundo
A taxa básica de juros divulgada ontem pelo Banco Central (BC), na ata de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), mantendo a taxa Selic em 13,75% ano, foi tema de debate acalorado na Câmara dos Deputados, com críticas da base governista e discursos favoráveis de parlamentares da oposição. O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), criticou os juros altos e disse que o BC não cumpre o que determina a lei, que garantiu autonomia ao órgão, fazendo ainda críticas diretas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.
O Copom justificou a manutenção da taxa de juros com o argumento de que ainda existem riscos de crescimentos da inflação, não apenas no Brasil, mas no mundo. Na ata, o Comitê menciona ainda a incerteza sobre o arcabouço fiscal, regra que vai substituir o teto de gastos, ainda não anunciada pelo governo.
A manutenção da taxa Selic no atual patamar tem levado a base do governo à tribuna da Câmara frequentemente, criticando a medida e cobrando juros mais baixos, com o argumento de que o atual índice impede o crescimento da economia e a redução do desemprego. Para os deputados da oposição, a decisão do BC é técnica. O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros da economia.
Com informações da Agência Câmara de Notícias