Como viabilizar investimento privado para o Turismo? MTur explica

Mais que viabilizar políticas públicas que facilitem a atividade ou negociar mudanças legislativas que favoreçam o setor, o MTur (Ministério do Turismo) tem também procurado meios de ajudar empresários e destinos a atrair investimentos privados, tanto de dentro como também de fora do País. Para isso, a pasta tem enfatizado as ações do Secretaria Nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos no Turismo, que passou a interagir mais com empresários e profissionais do segmento.

A última interação nesse sentido ocorreu na semana passada, com a participação da coordenadora-geral de Atração de Investimentos, Cinthia Marques, no Festival das Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR). Na oportunidade, a executiva falou sobre "Atração de Investimentos em Turismo", ponderando as maneiras mais recomendáveis de buscar investidores e como o MTur pode auxiliar nesse objetivo.

Aos presentes, Cinthia começou explicando o que são os "investimentos greenfield" - aqueles realizados pela primeira vez, ou do zero - e que o Brasil é um terreno profícuo para isso, ao passo que muitas companhias internacionais ainda não olham para o nosso mercado. A profissional lembrou que, em 2022, o País ficou em quinto lugar no ranking de novos investimentos na região para o Turismo e que a América Latina como um todo recebem US$ 27,7 bilhões de aportes multinacionais no setor de viagens. Enquanto isso, a soma mundial de novos investimentos nesse mercado, no período analisadom foi de US$ 178 bilhões.

Dado o cenário, a executiva do ministério acredita que os destinos e empresas brasileiras tem tudo para alavancar seus índices. "O Brasil apresenta custo baixo, tem mão de obra barata e potencial de sobre para o Turismo", pontuou.

Mas como o ministério pode colaborar na missão de atrair essas multinacionais? Na explicação de Cinthia, a principal maneira é contribuindo na melhora do ambiente de negócios do País. E isso se dá a partir de quatro ações práticas. São elas:

• Ações Pontuais: em projetos de relacionamento com o setor para mapeamento de gargalos e entreves;
• Acompanhamento legislativo: se mantendo próximo de matérias relacionadas aos negócios de Turismo na tramitação legislativa;
• Políticas Públicas: com a proposição de ações para desoneração e desburocratização do setor sob o ponto de vista de negócios;
• Institucional: buscando aproximação de relacionamento com outros entes públicos.

Mas não é só. Também de acordo com a coordenadora, é fundamental que haja um trabalho de base para entender como está o mercado e como ele se movimentará. Para isso, o ministério tem aumentado o investimento de inteligência de mercado por meio de boletins de atração de investimentos, tendências e dados. São também organizados trabalhos em rede em parcerias com outros países, consolidando números, sempre com base de dados integradas (fDi Market e Benchmark).

Cinthia chama atenção ainda para os resultados já alcançados. O portal de investimentos do ministério aponta 113 projetos cadastrados em 20 Estados. Desses, 66 já foram publicados com investimentos alcançados. A exepectativa do MTur é que essas iniciativas cadasradas oportunizem R$ 27 bilhões em investimentos previstos, além de gerar 126 mil empregos diretos e indiretos.

Todas essas informações estão disponíveis no portal do ministério (gov.br/turismo) ou no investimento.turismo.gov.br. O portal de investimentos apresenta também: portfólio on-line, base de dados de investidores, normativas e boletins publicados.