Rodrigo Vieira   |   23/06/2015 17:13

Projeção de crescimento do corporativo despenca no País

As despesas com viagens corporativas no Brasil não serão tão altas este ano quanto se esperava. Após o setor movimentar US$ 32 bilhões no ano passado, a expectativa para 2015 era de crescer 4,1% e alcançar aproximadamente US$ 33,3 bilhões, mas agora a projeção de aumento caiu para 1,8%, chegando pró

As despesas com viagens corporativas no Brasil não serão tão altas este ano quanto se esperava. Após o setor movimentar US$ 32 bilhões no ano passado, a expectativa para 2015 era de crescer 4,1% e alcançar aproximadamente US$ 33,3 bilhões, mas agora a projeção de aumento caiu para 1,8%, chegando próximo dos US$ 32,6 bilhões. Todos os dados e previsões são baseados na Global Business Travel Association (GBTA), que realizou ontem e hoje, em São Paulo, a terceira edição da GBTA Conferência.

É a segunda vez consecutiva que a GBTA anuncia um enfraquecimento no aumento com gastos de viagens corporativas no Brasil. Segundo o diretor da GBTA para o Brasil, Wellington Costa, a timidez no crescimento dessa vez se deve principalmente ao cenário econômico desfavorável e à falta de melhoria significativa na infraestrutura.

“O turismo de negócios anda lado a lado com o ritmo da economia, e com a alta de preços, alta no índice de inflação e o momento político conturbado em que vive o Brasil, é natural que a projeção de gastos caia”, avalia Costa, que se torna um pouco mais otimista quando o assunto é 2016. “Já teremos uma retomada a partir do fim do ano, mas em 2016 as despesas com viagens corporativas devem crescer de quatro a cinco por cento em relação a este ano, chegando a US$ 36 bilhões”, completa, apontando os Jogos Olímpicos como principal fator para o aumento da curva positiva.

No doméstico, o Brasil deve crescer 2,1% nos gastos com viagens corporativas este ano, retomando um nível melhor em 2016, com 5,7%. No internacional, as despesas com viagens a negócio não crescerão este ano, para crescer 1,7% ano que vem. A GBTA ainda destaca que o Brasil caiu de sétimo para o oitavo lugar em gastos com viagens corporativas.

“O momento agora é de repensar processos, trabalhar na otimização de todos os níveis do setor e buscar alternativas de produtos, para que o turismo corporativo brasileiro ajude, como um todo, nesse processo de retomada.”

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