Biaphra Galeno   |   11/02/2014 18:23

Sessão do Lacte aborda tendências do neuromarketing

Para elaborar um filme de ficção científica, muitas vezes, o criador da obra tem de ver além do salto temporal para frente. Para tornar a obra mais verossímil, coloca ingredientes do cotidiano, tal como meio de transporte, consumo, entre outros.

Foto: Biaphra Galeno

Para elaborar um filme de ficção científica, muitas vezes, o criador da obra tem de ver além do salto temporal para frente. Para tornar a obra mais verossímil, coloca ingredientes do cotidiano, tal como meio de transporte, consumo, entre outros. Quem assistiu “De volta para o Futuro” viu o tênis Nike do protagonista Marty McFly, assim como o eye tracking (quando scanners leem a retina das pessoas para apresentarem conteúdo personalizado), presente em quase todos os lugares em “Minority Report”.

A sessão “Empresas do futuro – sua empresa está preparada?”, realizada pelo gerente de Marketing Vendas Indiretas da Oracle, Fernando Kimura, e mediada pela diretora de Marketing da PANROTAS, Heloisa Prass, abordou questões tais como chamar atenção do público para uma marca em meio ao grande volume de informações a que estamos expostos. Um deles é o Zmot, sigla para (zero moment of truth / momento zero da verdade), que é quando temos o primeiro estímulo para adquirir algo futuramente.

Um dos exemplos citados por Kimura na apresentação foi a busca que ele mesmo fez na internet quando queria comprar um carro. “Queria ver um vídeo do interior do carro e o primeiro resultado que apareceu foi de uma pessoa mostrando que, após dois mil quilômetros rodados, o câmbio automático deu problema e a empresa não dava garantia. Logo depois, vários outros vídeos com a mesma reclamação.” Neste caso, Kimura disse que o Zmot dele foi por água abaixo. Basicamente é quando a ideia de comprar algo ou contratar um serviço é substituída por outra.

CÉREBROS
Dentro dos preceitos do neuromarketing, o ser humano, enquanto consumidor, é regido por três diferentes comportamentos, chamados de “cérebros”: a princesa, que preenche nossa vaidade; o Einstein, voltado para a objetividade; e o macaco, dominado pelo instinto.

“A maior parte das empresas investem em chamar a atenção da ‘princesa’ e do ‘macaco’. Geralmente é o ‘Einstein’ que barra a compra, que é quando a pessoa se pergunta se realmente precisa daquele produto/serviço ou se o valor está alto demais.” Mesmo não sendo um fã declarado da Apple, Kimura afirma que ela passa uma ideia que “agrada” os três tipos de cérebros. Por isso de seu sucesso.

EXTELIGENTE
Pessoa aérea, que não se atém aos detalhes quando vai redigir um relatório, distraída. Indivíduos assim não têm lugar no mercado, certo? Errado. De acordo com Kimura, empresas das mais conceituadas no quesito inovação buscam por um equilíbrio entre pessoas inteligentes e exteligentes.

Basicamente o inteligente vai fazer com que a empresa tenha os melhores desempenhos com o que está nas mãos. O exteligente é aquele que consegue organizar as referências tecnológicas, tendências e diversas outras manifestações que nos influenciam para criar algo novo. Uma das características que marcam o exteligente, de modo geral, é o déficit de atenção.

ZMOT
A apresentação de Kimura é recheada de vídeos, que vão desde super-produções até vídeos praticamente caseiros, ilustrando a estratégia de diversas empresas em chamar a atenção de seus (futuros) clientes. Muitas vezes, sequer é necessário deixar a marca exposta. Veja abaixo um exemplo da Nissan exibido na ocasião:

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